quinta-feira, 31 de março de 2011

"It's a Book" - Book Trailer - Legendado

Jáq fiz aqui uma Dica de leitura sobre este livro e não resisti. Só pra darna mais água boca e muita vontade de ler o livro, de ter o livro e de partilhar esta história, publico agora o book Trailer:




quarta-feira, 30 de março de 2011

Oficina de Leitura do Projeto Escritores Brasileiros

Sábado último foi dia de oficina de leitura do projeto Escritores Brasileiros. Este mês, depois do maravilhoso encontro entre Bartolomeu Campos de Queirós e Vera Holtz, ocorrido  durante a semana, no sábado, duas oficinas com integrantes da Cátedra Unesco Puc Rio de Leitura: pela manhã, Literatura Infantil, com Ebe Lima de Goiás e á tarde, Literatura Juvenil com Vera Aguiar do Rio Grande do Sul. foi um dia bastante produtivo e de muitas leituras.
Senti falta de mais autores da nova safra. Tanta gente bacana esrevendo atualmente e só lemos os clássicos e consagrados.
 O público atento fez crescer o debate e durante todo o dia colocou a literatura em pauta.
 
De manhã, as leituras compartilhadas enriqueceram o encontro, lemos Bartolomeu e o ponto alto foi a leitura do Átila Levenhagen que deu ao poema Peraltagens de Manoel de Barros, uma cor muito especial!
 De microfone na mão e livro em punho, Átila não se intimidou e fez bonito para alegria de todos! O pequeno é filho de Letícia Levenhagen, que é contadora de histórias e adora livros!
Vera Aguiar trouxe contos diversos e falou sobre os temas e a linguagem que despertam nos jovens o interesse pela leitura.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sarau de Poesia II

O escritor não é aquele que escreve, não é aquele que publica, não é aquele que vende. O escritor é aquele que é lido, porque é só neste encontro com o leitor que as histórias acontecem de verdade, mesmo quando não há nenhum compromisso com a verdade, com o real! A emoção de ver uma história minha ganhando novas cores, novas formas e infinitas versões na imaginação dos pequenos, eu não saberia descrever. Em pouco menos de dois meses, toda a Educação Infantil da Escola Perpétuo Socorro se empenhou para dar vida a uma de minhas personagens. Cada turma se apropriou de um verso e fez bonito!









Teve aranha Lia de tudo quanto foi jeito e todas muito poéticas teceram teias de sonho e alegria!


Sarau de poesia do Perpétuo Socorro

 Na Semana da Poesia, comemorada de 14 a 18 de Março, as crianças da Educação Infantil do Colégio Perpétuo Socorro me presentearam com um lindo Sarau de Poesia, todo baseado em meu livro A façanha da dona Aranha, ilustrações de Carol Juste, Editora Elementar. Foi uma alegria compartilhar minha história com as crianças e ver o quanto a poesia da Aranha Lia encantou a meninada!

                                          Eu  falei de como o livro surgiu...

                                     
                                                 Contei a história...

Mas me encantei pra valer com as crianças declamando meus versos, cantando e até tecendo poesia!

 Teve até aranhas mergulhadoras que foram buscar no fundo do mar a beleza dos corais e um novo colorido pra bordar com a Lia um pouco de fantasia!

                                                          Teve hora do autógrafo e...

                                     ... também hora de dividir com alegrias com a turma que faz muita história acontecer na escola, não é dona Coruja?!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Dica de Leitura

Este é um livro pra se ler, ouvir,cheirar, tocar e sentir o gosto. Uma verdadeira viagem sensorial. O livro negro das cores das venezuelanas Menena Cottin e Rosana Faría é surpreendente em todos os sentidos, arrebatador e apaixonante. Premiado na Feira de Bolonha de 2007, o livro chegou ao Brasil numa bonita edição da Pallas.


Cada página nos revela uma surpresa e incita o imaginário... Faz acreditar que mesmo sem nenhuma cor além do preto e do branco é possível  representar o arco-íris, mais que isso, mostrar mesmo o que vai além da visão! Com texto em letras brancas impresso em papel preto e também em Braile e um projeto gráfico ousado, o livro fisga o leitor. As ilustrações são todas em verniz e em alto relevo pra que se possa tatear o universo que autora e ilustradora partilham com o leitor. A página que mais me encantou foi a que representa a chuva... Senti o cheiro da terra molhada e os olhos que buscam ver o que está, viram muito mais!

O livro é encantador e cada leitura nos conduz a uma viagem diferente: ora é a lembrança que ativa campos esquecidos, ora é a percepção que nos faz encontrar outro segredo e sempre as sensações mudam.
                                                             Cada página tem uma cor...



                                                  E, se nos permitirmos, infinitos tons! O livro negro das cores é uma experiência inesquecível, há três dias, não consigo deixar de pensar na beleza e na poesia que o livro imprimiu em meu coração e em minha alma!

O Livro Negro das Cores

quinta-feira, 24 de março de 2011

Alguns ensinamentos do mestre Bartolomeu...



Num dos nossos encontros! Luiza que ouviu desde a barriga minhas leituras da obra de Bartolomeu, principalmente Indez e História em 3 atos, aconchegada neste abraço carinhoso! A foto foi tirada durante o 11º Salão FNLIJ do Livro Infantil e Juvenil no Rio de Janeiro, em 2009.


"A vida é uma questão de costura. Viver é alinhavar, é saber amarrar as coisas, por isso a profissão de alfaiate me encanta."

"Meu avô Joaquim tinha mania de escrever tudo o que acontecia nas paredes da casa dele. A parede era um bordado. Muitas palavras que eu lia na parede, escrevia depois com pedaços de carvão no quintal. Aprendi a escrever e ler com ele, brincando."

"Moro no apartamento que foi da Henriqueta Lisboa, moro só. Eu e a alma da Henriqueta. Eu peço pra ela aparecer, mas ela ainda não apareceu, talvez em sonho, acho até que vou passar a dormir de óculos pra ver se enxergo melhor o sonho!"

"Hoje eu não quero nada além do que eu tenho, acho que este é um privilégio da idade. Ter como companheira a solidão é de uma lucidez que vale a pena."

"Minha mãe morreu com 33 anos de câncer. Ela não queria morrer, o tratamento naquela época era nenhum e a gente em casa sabia quando ela estava com muita dor, porque nestes momentos, ela que era soprano, sentava-se na cama e cantava lindamente. Quando minha dor é grande demais, eu que não sei cantar, escrevo."

"Minha irmã fala que o que a família esconde, eu vendo (risos)."

"Escrever é não apagar nunca mais"

"Minha mãe pintava as galinhas com anilinas de doce e aquele arco-íris que morava na cabeça dela fazia a festa em casa"

"Brincar encurta caminho, dizia a mãe" (Indez)

Uma noite iluminada!

Foi uma noite muito especial! No encerramento de mais uma etapa do projeto Escritores Brasileiros, o talento de Bartolomeu Campos de Queirós e de Vera Holtz brindou o público com horas incríveis de prosa e verso. Aliás muito boa prosa e versos de uma força poética indiscutível. Bartô tem o dom de encantar! Encanta quando escreve, quando fala do seu jeito sereno e tranquilo, quando conta casos e nos revela sua paixão pela palavra. Ontem estava especialmente inspirado e bem-humorado. Começou falando que tinha horror ao palco. Lembrou de uma apresentação que fez na escola, quando criança em que ao invés de falar Querubins, repetia Cherubins e todos riam. Revelou que começou a escrever com 27 anos, quando morava na Europa e que a escrita foi uma forma de lidar com a saudade que tinha do Brasil. Fruto da imensa saudade e de uma solidão muito grande, surgiu O peixe e o pássaro, seu primeiro livro. Segundo o escritor, escrever é uma forma de passar a vida a limpo, de ir polindo as coisas. Para o mestre Bartô, a literatura e a psicanálise são parecidas porque têm a palavra como objeto e para ele, a palavra cura. Durante o encontro desta quarta-feira aqui em Brasília, o escritor contou casos de sua infância, falou de seu processo criativo, revelou curiosidades de seu dia-a-dia, como o hábito de só escrever em sua casa, à mão, de calça e sapato, como um ritual: "Se estou de bermuda e descalço, a inspiração não vem", brincou! Bartolomeu não se cansa de dizer que a literatura tem compromisso apenas com a fantasia e não com o real. Mesmo revelando que muitas das suas histórias foram inspiradas nas situações familiares que viveu, ele ressalta que o escritor sempre se esconde na metáfora e que  apenas a metáfora e a fantasia são capazes de libertar o leitor. "O olhar é muito raso e o dentro, só a imaginação visita", diz ele. A atriz Vera Holtz, militante pela causa da leitura no Brasil, assim como Bartolomeu, fez interpretações emocionadas de vários trechos das obras do escritor. Com sua prosa poética afiadíssima, Bartolomeu fez rir e chorar, lembrou seus encantamentos com os avós e os pais, contou detalhes de sua infância no interior e deu até aula de molecagem aprendida com o avô Joaquim para desafinar a banda de metais das procissões. A meninada chupava limão, quando os músicos passavam, fazia caretas e conseguia desconcentrar, principalmente, os músicos dos instrumentos de sopro! Ler Bartolomeu é sempre uma descoberta, ouvir o professor falando, tecendo suas histórias com tanta delicadeza é outro privilégio impagável, mas ter além de tudo a maestria de uma atriz como a Vera, dando vida aos livros de Bartolomeu, foi um presente para a imaginação, o coração e a alma. Deixei o CCBB ontem mais leve, mais feliz e muito mais plena. E pra quem perdeu o delicioso bate papo de ontem, mais uma chance: o encontro se repete hoje no Sesi do Gama.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Feira do Livro do Ceiassef em Brasília

Foram três dias de Feira do Livro e muitas, muitas vivências bacanas! Participei, contando e cantando histórias de meus livros na quinta-feira, dia 17/03 para as turmas do maternal e infantil.

 A turma do Ceiassefe ( Centro de Educação Infantil da Associação de Servidores do Senado Federal), ou simplesmente Creche do Senado como ainda é conhecida, apesar de ser aberta ao público em geral, é parceira de muito tempo, meus três filhos entraram  no berçário, com meses e a caçula ainda está por lá!

Este ano, a primeira Feira do Livro, montou um espaço especial para as crianças mergulharem pra valer no encanto dos livros e das histórias. Muita cor e alegria, tapetes emborrachados, puffs e mobiliário infantil pra que os pequenos pudessem curtir com ou sem os pais e professores os momentos de leitura. Cada criança escolheu um livro para a ciranda de leitura da sala, que já teve início!

 Levei os livros, o violão, as histórias novas e meu carinho, que é imenso por todos do Ceiassefe, onde sempre sou recebida com carinho!

 O livro que nasceu na imaginação inventadeira do Felipe: O menino que virou fantoche, com ilustrações de Meri, da Franco Editora, fez sucesso na contação com os personagens em EVA, que ganhei de presente de uma professora da Escola Vitória Régia, de Águas Claras. A turma da tarde, bem maior que a da manhã, teve que assistir à apresentação no hall das salas do maternal e infantil. Dezenas de crianças entre 2 e 5 anos de idade dividiram comigo a alegria de partilhar  histórias!

 Contei e cantei com eles e falei também de como surgem as ideias pra escrever os livros!

Os títulos novos: A outra história da cigarra e da formiga, ilustrações de Adilson Farias, Mundo Mirim, O menino que virou fantoche, ilustrações Meri, Franco Editora e A façanha da dona Aranha, ilustrações de Carol Juste, da Elementar foram apresentados ao leitores que já conheciam A menina que pescava estrelas, ilustrado pela Beatriz Roscoe, da Elementar, que também publicou A fada Emburrada, com ilustrações de Romont Willy; O jardim encantdo, ilustrações Beatriz Roscoe, Franco Editora e O Jacaré Bilé, ilustrado por Ítalo Cajueiro, da Editora Biruta. Todos adoraram saber que o Jacaré bilé agora vem com a trilha sonora! E devo ao Yuri, uma explicação. O garoto me contou que antes mesmo de conhecer a história do meu jacaré nordestino que sonhava poder jantar a lua, seus pais o chamavam de jacaré bilé em tom de brincadeira e  isso porque ele sempre adorou jacaré. Bom o Yuri levou pra casa o livro e o cd do  Jacaré Bilè e não gostou de saber que na música eu chamo o Bilé de "mané" . Olha Yuri, na história do meu livro é que o Jacaré é "mané", teimoso e muito cabeça dura. O coelho bem que tenta avisar que ele não conseguiria comer a lua e o danado continua brigando, achando que o coelho queria era comer a "tapioca" que ele jurava que alguém havia deixado esquecida no céu.  Não quis entender que lua não é tapioca. Não fique bravo comigo, com certeza, você não fica acordado de noite e nem acredita nas maluquices de um coelho que só queria ajudar o amigo rabudo a entender que lua é lua e não pode ser comida! O Jacaré da minha história é tão tonto que "bebe" o reflexo da lua na água do açude e jura que come tapioca! E tem mais, na música eu brinco com o som das palavras, com a cultura nordestina e acredito que o Jacaré ganha a fama de ser mané, porque dormindo o dia todo, perde, além da convivência com os amigos do açude, tudo o que acontece por lá enquanto o sol manda no céu: feira, cordel, festa, brincadeira e até o canto das lavadeiras! Viu?!

Encontro com leitores!

Este encontro aconteceu numa manhã chuvosa de sábado! E o cinza do dia foi embora assim que as histórias começaram, durante a Feira do Livro do Colégio Leonardo da Vinci da Asa Norte. As crianças já conheciam o meu livro Brasília em figurinhas, da Franco Editora e se encantaram também com as histórias que contei de outros livros meus. Na foto comigo alguns novos leitores e a Mariana ( de vestido branco) que adorou saber que a personagem da história A menina que pescava estrelas ( com ela ainda na versão antiga) é sua xará. Aliás, ouvi de uma criança dia destes que o que ela mais gosta no livro são as ilustrações da Beatriz, com a justificativa de que o livro "tem desenhos de verdade!"
ADOREI!

terça-feira, 22 de março de 2011

Escritores Brasileiros

Bartolomeu Campos de Queirós, escritor homenageado ( foto: divulgação)


A Atriz Vera Holtz que interpretará trechos de obras do escritor mineiro
(foto: Luiza Dantas)

O Projeto Escritores Brasileiros será encerrado nesta quarta 23/03 em grande estilo com Bartolomeu Campos de Queirós e Vera Holtz no Centro Cultural Banco do Brasil. A iniciativa apresenta em tom descontraído a obra do escritor, interpretada por um artista e oferece bate-papo com a dupla e oficinas de criação literária na mesma semana. O encontro no palco acontece na quarta e as oficinas intensivas no sábado. Vários escritores e atores já participaram.. Bartolomeu é um dos mais atuantes escritores da nossa literatura, com dezenas de livros publicados e premiados aqui e no exterior, Bartô, como é carinhosamente chamado por seus amigos e leitores é  militante incansável por um país de leitores. Poeta de mão cheia, Bartolomeu é o autor do Manifesto por um Brasil Literário, que há alguns anos mobiliza entidades, escritores, ilustradores, artistas e anônimos na luta por mais literatura acessível a todos. Vera Holtz tem carreira consolidada como atriz e diretora, mas é também parceira de vários movimentos em prol do Livro e da Leitura Literária. O encontro desta quarta promete! Bartô fala com a delicadeza com que escreve e tece memórias em verso e prosa. Vera tem a maestria de lapidar maravilhas e o público que comparecer, conheça ou não a obra do escritor, sairá do teatro encantado. Toda a programação do Projeto Escritores Brasileiros é gratuita. Os interessados precisam apenas retirar senhas uma hora antes do evento. No sábado haverá duas oficinas com profissionais ligados à Cátedra Unesco PUC - Rio de Leitura:

Narrativa Juvenil, com Vera Tizermann, pela manhã, a partir das 9h30
Literatura Infantil, com Ebe Lima, á tarde, a partir das 14 h00

Os interessados em participar das oficinas devem se inscrever até o dia 25/02 pelo telefone 61 3310-7420.


Algumas das propostas para o Livro e a Leitura no Distrito Federal

No primeiro encontro setorial de Livro e Leitura, algumas propostas foram discutidas. Conheça algumas delas aqui

Não deixe de participar! O próximo encontro será quarta-feira 23/03/2011 a partir das 18 horas no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 sul!

Reunião com a turma do livro em Brasília

Acontece amanhã, quarta-feira 23/03/2011 a conferência setorial com representantes do Livro e da Leitura para discutir propostas que o setor pretende implementar na Conferência de Cultura. Já acponteceu uma reunião preparatória em fevereiro, onde foram apresentadas várias sugestões e nesta quarta a ideia, além de aprimorar cada uma das propostas é eleger delegados regionais que representarão os escritores, editores, livreiros, contadores de histórias, ilustradores, bibliotecários, mediadores de leitura. A indicação de delegados é proporcional ao número de presentes, por isso é importante que o maior número de representantes do setor compareça. A mobilização é grande em outras áreas como música, teatro, artes plásticas, circo e a turma do livro precisa também se fazer presente. A intenção da Secretaria de Cultura é trabalhar de forma descentralizada, ouvindo os interessados e estudando formas de integrar as ações, não só com os artistas, mas também com outras Secretarias como Educação e Turismo.
O encontro desta quarta-feira será no Espaço Renato Russo, antigo complexo Galpão na 508 Sul, a partir das 18 horas.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dica de Leitura

Hoje, Dia Internacional da Poesia, a Dica de Leitura traz a poesia do Elias José, que tanta falta faz entre nós! E como era bem dele, festejar a vida e encher nossos vazios com muito verso, muita rima e uma alegria sem igual, escolhi Festa de Aniversário com lindas ilustrações da Elma, da Escala Educacional para celebrar a data. Elias José sempre adorou brincar com as palavras. Neste livro, ele nos convida para uma festa deliciosa, cheia de sabor e de lembranças.

sábado, 19 de março de 2011

Última oportunidade!



Termina neste domingo 20/03 a temporada de degustação da peça Caixa de Memórias do Grupo Virtú. O espetáculo reúne, literatura, música, teatro, bonecos, objetos animados e um mundo de fantasia para falar sobre o tempo, a infância e as memórias. A última apresentação será amanhã, domingo às 17h30 no Teatro da ETCA, Escola Teatral Confins Artísticos, que fica na 711 norte. A despedida da temporada de estreia do grupo é, com certeza, um ótimo programa!

Semana Acelerada

Dias corridos repletos de histórias, conversas com leitores, muita música e pouco tempo. Estou colecionando momentos e fotos... muitas fotos! Assim que conseguir desacelerar um pouquinho, prometo colocar tudo em dia por aqui!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tatiana Belinky 92 anos

Hoje, 18 de Março é dia de cantar parabéns para a querida Tatiana Belinky! Ela completa 92 anos de idade em plena semana da poesia e com o humor e a língua afiada como a da boneca Emília, de Monteiro Lobato! Personagem, que Tatiana já declarou inúmeras vezes, ser muito parecida com ela mesma! Tatiana não se cansa de festejar, hoje me contou que antes fazia festa a cada 10 anos, mas que agora celebra cada novo ano com muita alegria! Mas a alegria maior é nossa! Afinal é sempre muito bom saber que esta espevitada escritora, que trocou a Rússia pelo Brasil quando tinha 10 anos de idade ainda apronta das suas e inventa muitas histórias! Tatiana é imortal da Academia Paulista de Letras e brinca com isso também: "Viu só como estou levando isso de ser imortal á sério?!"

A rainha dos limeriques, versos popularizados por ela aqui no Brasil, tem energia pra dar e vender e uma lucidez encantadora diante de tudo. Tatiana ainda visita muitas escolas para conversar com seus leitores e não esconde que isso a faz se sentir viva e disposta.
Este ano a danada será a patronese e a grande homenageada da Flipoços, a Festa Literária de Poços de Caldas e está bem empolgada, afinal adora mesmo uma festa e se tem literatura e poesia ainda... Muito melhor!

Em 2009 organizei aqui no blog um Concurso de limeriques e de desenhos de bruxa para homenagear os 90 anos da Tati, como ela adora ser chamada. O Ilustrador André Neves mandou uma linda ilustração sua, o escritor Leo Cunha escreveu um Limerique e gente miúda e graúda de tudo que é canto do país e até do Congo, de Portugal e da Espanha, mandou trabalhos. Foi tudo parar numa caixa que entreguei a ela, no mesmo ano!
Fui à casa dela, onde fui recebida com carinho, café, um papo delicioso e aconchego de um cachorro simpático e bonachão, que com certeza puxou à dona! Era um fim de tarde meio cinza em SP, mas que pra mim ganhou todas as cores do mundo!
A mestra das palavras leu meus livros...
Fez uma análise grafotécnica da minha letra...

E de tão encantada que ficou com a história que fiz com o Felipe sobre o "contrário do Pinóquio", que ainda estava rabiscada em um dos meus tantos caderninhos, onde planto sementes de imaginação, falou que queria apresentar o livro quando ele saísse. O Menino que virou fantoche foi publicado e eu tenho a honra de ter o livro apresentado por ela com um texto divertido, como a própria Tatiana, na quata capa. O livro tem ilustrações da Meri e saiu pela Franco Editora, foi de presente pra Tatiana com o autógrafo orgulhoso do Felipe. No mesmo pacote foi o o livro-cd História pra boi casar, il. Mariana Zanetti, Peirópolis, que também saiu no ano passado.
Ao comentar os presentes hoje, Tatiana disse que adorou a dedicatória do Felipe e todo o clima da história do boi da cara amarela que foge pra casar com a vaca que pulou a janela: "Tem o meu espírito essa história, adoro essas brincadeiras, adorei a mistura de tudo e ainda vou lhe contar que amarelo é a minha cor preferida!"
Ela é que é a preferida, não é? E de um monte de leitores apaixonados!
Parabéns, Tati Belinky, muitos livros de vida!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Linda de viver!!!!

A danada chegou numa loja de música, pegou o violão, que eu tive que equilibrar só na beirinha, porque ela queria tocar sozinha. Fez pose, arriscou improvisar uma posição do jeito que deu e soltou o a voz:

"... Ai olé, ai olé foi na loja do mestre André. Foi na loja do mestre andré que eu comprei um violão, blão, blão, blão, um violão. Ai olé, ai olé, foi na loja do mestre André..."
Deve ter se sentido mesmo na própria loja do mestre André e na maior sem cerimônia pousou de pop-star. quem viu a cena caiu na gargalhada!
Essa loira é mesmo muito gaiata e linda de viver!

terça-feira, 15 de março de 2011

Sabedoria infantil

As tiradas dos pequenos sempre me enchem de esperança e leveza! No último sábado, participei da Feira de Livros de uma escola que adotou títulos meus aqui em Brasília. Fui conversar com as crianças e contar histórias. Enquanto eu me apresentava percebi um garoto do alto dos seus oito, nove anos, literalmente mergulhado nas páginas de meu primeiro livro: A menina que pescava estrelas, que tem texto meu e da minha filha mais velha Beatriz Roscoe Cavalcante, ilustrado por ela e publicado pela Editora Elementar. Tenho um carinho muito especial pelo livro, que já virou animação para o cinema e me deu muitas, mas muitas alegrias. Hoje recebi o e-mail do Pedro, que soube agora, tem mesmo nove anos e passei a guardar mais uma alegria provocada pelo livro. Ele disse que não conseguiu parar de ler o livro e até pediu desculpas por ter sido "mal educado" de ficar lendo enquanto eu falava e contava histórias. No fim da mensagem ele me surpreendeu com o seguinte comentário:

"Sabe o que eu detesto nos livros bons? É que eles acabam. A gente sabe e sente na mão que vai ficando fininho do lado do fim e dá vontade de enrolar, de demorar mais, de esticar o tempo das páginas, de não acabar mesmo. só que não tem jeito porque a gente também fica morrendo de vontade de saber o fim da história. Aí quando chega o fim dá uma saudade e não adianta só ler de novo, num sei explicar! Eu queria saber as histórias sem ter que terminar os livros bons, mas não dá né?"

Acho que vou ter que escrever uma história que comece pelo fim, Pedro! Assim você não terá que correr e poderá "enrolar" o quanto quiser para chegar até o ponto final. Também sinto como você, quando a leitura é apaixonante demais eu fico deixando pra mais tarde o fim. Mas sabe? Acho que a gente tem o direito de saborear com o tempo que quiser cada uma das nossas histórias lidas e o bom do livro é que podemos começar de novo quantas vezes desejarmos, não é?
Adorei seu e-mail, adorei conhecer você e saber que meus livros fazem você ter vontade de "enrolar" pra chegar no fim!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Roedores de Livros: Uma pausa, uma festa, vários sonhos

Roedores de Livros: Uma pausa, uma festa, vários sonhos

Foi um dia inesquecível, como todos na Toca destes Roedores tão amados!
Obrigada pelo carinho de sempre!

Dica de Leitura

Tem imagem mais deliciosa que a de uma árvore de sorvete? Pois a maravilha foi plantada pelo sonho do poeta Sérgio Caparelli, regada com muito nonsense e fantasia depois ganhou forma nas cores e traços da Laura Castilhos e na bela edição da Editora Projeto. O livro é tão saboroso quanto a ideia de uma árvore de sorvete, o autor brinca com as palavras e com o mundo que no faz de conta nunca tem cercas ou limites.Caparelli é mineiro e neste livro revisita lugares da minha própria infância lá no Triângulo Mineiro. E como hoje é o Dia da Poesia, a Dica de Leitura da semana fica como um incentivo a mais pra gente "poemar" por aí A árvore que dava sorvete, foi premiado em 2000 com o Prêmio Açorianos e é livro que diverte da primeira a última página! Com seus jogos de palavras Caparelli nina dromedários, inventa cadeira que senta no colo da gente e cria um pai tão forte, mas" tão forte que amarra o polo sul ao polo norte". E assim brincando de criar maluquices deliciosamente sonoras que o autor nos faz viajar pelos 16 poemas do livro e para o tempo das invencionices e da alegria descompromissada da infância!
Quer provar um bocadinho?

"A árvore que dava sorvete
No pólo norte
Tem árvore
Que dá sorvete.
De morango
Para as filhas
Do calango.
De chocolate
Para o cachorro
Do alfaiate.
De groselha
Para a gata
Da adélia.
E de uva
Para a filha
Da viúva.
No pólo norte
Tem árvore
Que dá sorvete.
Acredita?"
Sérgio Capparelli

Dia da Poesia

Hoje, 14 de março é o Dia Nacional da Poesia! Também em março, comemora-se o Dia Mundial da Poesia, no próximo 21/03 e como não podia deixar de ser, Contos, cantos e encantos, vai celebrar a data com um pouco de métrica e rima. O blog todo prosa salpica versos também pela web:

"Hoje quero mais que o pote de mel
Lá do fim arco-íris embrulhado pra presente só pra mim
Quero os mil tons da alegria, o infinito, o mar e o céu
Quero a paz que se desenha assim com as cores do jardim e uma imensidão sem fim

Quero nas nuvens poder dançar
No desequilíbrio encontrar meu eixo, meu prumo
Quero sempre acordar pra poder sonhar
E nas asas da imaginação voar sem rumo

Hoje quero o mistério e a magia
Quero a música e a poesia
Quero para o impossível uma carpintaria
Quero o real feito da mais pura fantasia."

Alessandra Roscoe 14/03/1986

Achei o poema acima num antigo caderno de física. Tinha 16 anos quando rabisquei os versos, flanando muito além da realidade das fórmulas copiadas na mesma página, que devo confessar, nunca foram meu forte. A data era 14 de março e nem sei se eu sabia que era o Dia da Poesia. Engraçado é que hoje pareço muito mais perto do mundo que sonhava na adolescência. E devo isso muito á Literatura!

domingo, 13 de março de 2011

Direitos Autorais

Copio a seguir os comentários do escritor mineiro Leo Cunha sobre a polêmica que vem agitando o meio artístico: as mudanças na Lei de Direitos Autorais. Com a palavra o ecritor:

O Emir Sader, que eu sempre considerei um cara lúcido, me soltou essa bobagem:

"a elite tem medo dos artistas e da sua criatividade sem cânones dogmáticos e sem pensar no dinheirinho dos direitos de autor, mas na liberdade de expressão e na cultura como um bem comum."

Que papo é esse, Emir? Em que emirado você está vivendo?
Quem defende os direitos autorais não é nenhuma elite, são milhares de escritores e ilustradores (no caso do livros, e milhares de compositores, no caso da música, etc).

Nosso TRABALHO é criar prosa e poesia e ilustrações e merecemos remuneração por este TRABALHO. Os direitos autorais são o nosso pagamento, o nosso salário. Não somos representantes de nenhuma elite nem nenhum grande conglomerado. Aliás, nosso grande inimigo, neste luta em torno dos direitos autorais, é uma pequena empresa chamada Google.

Peço licença para me usar como exemplo. Eu escrevo livros infanto-juvenis há 20 anos. Me preparei para isso há mais tempo que isso, lendo muuuuuuuito durante toda a minha vida, fazendo traduções, fazendo uma especialização em Literatura Infantil, fazendo um mestrado em ciência da informação, e agora em meio a um doutorado.

Como alguém pode ignorar que isso é o meu TRABALHO? Que eu mereço ser pago pelo meu estudo, meu esforço, minha criação?

Se você está certo em um ponto, é que os direitos autorais são, para a maioria de nós, um "dinheirinho". E muito suado. Cada livro que meu que é vendido no mercado (a preços que variam de 15 a 30 reais, geralmente), me rendem de direitos autorais algo entre 1 e 3 reais. Não mais que isso. Quando há uma compra governamental, os preços caem muito, então os autores recebem algo como 30 ou 40 centavos por livro. Centavos!

Se o livro não vende nada eu não ganho nada. Se vende bem (o que no Brasil é incomum) eu consigo receber uma remuneração razoável. Como você vê, meu trabalho é de alto risco, ao contrário do trabalho de quem disponibiliza o PDF dos meus livros num site cheio de banners.

Quer dizer então que estes sites cheios de banners (que são pagos, obviamente) estão do lado certo, moderno, avançado, o lado da inteligência coletiva e da democracia cultural?

E eu, que exijo apenas a remuneração pelo meu trabalho, estou do lado errado, do lado do atraso? Estou do lado dos cânones dogmáticos? Só penso "no meu dinheirinho dos direitos autorais"?

Ou será que o atraso é representado por aqueles que querem derrubar este grande avanço que foi a profissionalização do artista. Assim corremos o risco da volta dos velhos mecenas (aristocráticos, religiosos, ideológicos, etc) que permitem, abonam e subvencionam apenas o que lhes interessa pessoalmente.

Repare que eu não sou contra qualquer autor disponibilizar o que quiser na internet. Eu mesmo publico, frequentemente, poemas inéditos na minha página do Twitter. O que eu não posso admitir (e esta posição é unânime na AEI-LIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil) é que alguém - especialmente alguém com a inteligência e preparo de um Emir Sader – venha nos negar a remuneração por nosso TRABALHO.

Atenciosamente,
Leo Cunha

sábado, 12 de março de 2011

Ótima Comemoração!

Hoje, sábado meio ensolarado, meio cinzento aqui no Cerrado, com climas para todos os gostos, celebrei o Dia do Bibliotecário em grande estilo; em meio aos meus leitores na Feira do Livro do Colégio Leonardo da Vinci, da Asa Norte. Contei histórias, falei dos livros que já publiquei, dos que estão no forno e até dos que ainda estão por vir. Reencontrei amigos da infância e da juventude, conheci novos amigos e novos leitores e voltei pra casa cheia de felicidade! Assim que receber as fotos que a escola ficou de me enviar, falo mais sobre esta manhã tão repleta de bons momentos!

Um dia muito especial!

Hoje, 12 de março é o Dia do Bibliotecário, profissional incansável que faz do amor ao livro e à leitura seu cotidiano, seu trabalho. Sem ele, quantos não ficariam perdidos entre prateleiras e livros? Quantos não saberiam escolher suas aventuras literárias? Quanta gente já não se encantou com as páginas indicadas por um bibliotecário, aquele incansável que enxerga em seu ofício muito mais que a obrigação de catalogar e organizar títulos? É para ele, o bibliotecário que dedico meu carinho hoje! Aliás, hoje e todos os dias. Em especial, quero homenagear em nome de todos, uma profissional aqui de Brasília, que simboliza  o afeto e a dedicação dos bibliotecários sejam eles de grandes bibliotecas, de salas de leitura, ou mesmo de cantinhos literários empenhados em difundir o amor pela Literatura: meu beijo hoje vai a querida Iêda Muniz, da Biblioteca da Presidência da República e do grupo Trá-lá-lá de servidores contadores de histórias! Há algum tempo Iêda me encantou com a iniciativa de construir na biblioteca uma árvore de natal toda feita de livros e lançar ainda um desafio divertido para que os visitantes se arriscassem a adivinhar de quantos livros ela, a árvore, havia sido formada. Não estamos no Natal, mas vale rever a imagem, que hoje, Dia do Bibliotecário, pode simbolizar a vontade de ver frutificar em cada um dos brasileiros a semente da paixão pela leitura!


O concurso já acabou e eu nunca soube por quantos livros a árvore foi formada! Pode revelar aqui, viu Iêda!?

Manifesto de um ilustrador sobre a questão dos direitos autorais



Vale a pena refletir:

:: Manifesto à Lei de Direitos Autorais ::

Excelentíssima Presidenta e Ministra,


Venho através deste documento representar mais de mil profissionais da área de ilustração, que desenvolvem trabalhos de criação artística e intelectual e investem tempo e dinheiro se especializando para criarem imagens que compõem livros didáticos e literários, cartilhas, e as mais diversas peças gráficas. A ilustração vem se tornando cada vez mais o ofício de muitos. Uma profissão que existe há séculos e até hoje não recebe o devido reconhecimento. Para preservar os poucos direitos já adquiridos os profissionais desta área vêem se unindo e lutando por melhorias na profissão.

Nosso maior direito até então conquistado é o “Direito de Uso de Imagem” que se enquadra como “Direitos Autorais”. Um direito que garante que nós, ilustradores, obtenhamos uma parcela ainda que mínima nas edições e reedições de projetos em que estivemos envolvidos e em que empenhamos todo o nosso poder de criação, desenvolvendo um trabalho artístico, intelectual e único. Direito esse que complementa nossa renda e assegura que recebamos por nosso trabalho enquanto este estiver sendo veiculado e gerando lucro para empresas, sejam elas editoras, revistas, jornais e etc.

A ilustração é uma linguagem que possui o poder de se comunicar com todos, despertando inúmeras interpretações e sentidos e estimulando a imaginação e a criatividade. A ilustração ensina, forma opinião e estimula o leitor, complementando e agregando valor aos textos. Por isso, os profissionais da área de ilustração precisam ser mais bem reconhecidos. A regulamentação da profissão é ainda o nosso principal objetivo e a nossa maior luta. E a manutenção do direito autoral é uma forma de fortalecer a nossa profissão, é conservando os direitos já adquiridos que alcançaremos e conquistaremos nossos maiores objetivos. Deixar de lado este direito, simplesmente retirar de nossas mãos esse direito é “pisar” em quem fomenta o mundo cultural e artístico do país, é não se importar com milhões de trabalhadores que dependem dessa profissão para sobreviver.

Lutar pelos nossos direitos autorais é uma maneira de defendermos o que é nosso e de nossos herdeiros, uma forma de garantir que o que foi criado através da nossa capacidade artística e intelectual seja valorizado enquanto estiver sendo usado. É nosso dever lutar para que não seja “jogado fora” tudo que foi produzido durante anos. Se vocês desejam acabar com este direito para unificar e democratizar toda a criação, o que será dos pensadores e criadores uma vez que essa é a sua profissão e precisam receber para isso? Se toda a criação for reutilizada de maneira escrupulosa a qualidade despencará e os profissionais sumirão, tornando o Brasil um país pobre de sabedoria e intelectualidade. Precisamos conservar as criações e pensadores de todas as artes.

Neste caso defendo a área da ilustração e os profissionais ilustradores. Veja os livros que vocês compram para si mesmos, para seus filhos, sobrinhos, netos... Pense que em cada traço que ali está, há uma alma criativa por trás, que possibilita que vocês, leitores, entrem no mundo da imaginação e da fantasia. Quantas crianças e analfabetos podem “ler” os livros através apenas de suas imagens. Com certeza esse profissional precisa ser bem recompensado e motivado para continuar realizando seu trabalho com todo empenho possível e, para isso, seus direitos têm que ser “preservados” e não destruídos e descartados.
Atenciosamente,
Bruno Grossi (Begê Ilustrador) & Diane Mazzoni
Editores do Portal do Ilustrador

 



sexta-feira, 11 de março de 2011

Histórias durante a exposição: Biblioteca Escolar: tudo começa aqui na Câmara dos Deputados!

Foi lá, na Casa que dizem ser a casa do povo, na Câmara dos Deputados que tudo aconteceu. Era uma exposição sobre a importância da Biblioteca Escolar para a formação de leitores! Eles os leitores, crianças de escolas públicas do Distrito Federal, chegaram comportados, mas com o barulho e a alegria que não conseguiam conter, ainda bem! E transformaram o cenário sisudo da Casa, sempre repleta de políticos, numa grande festa. Claro que eu entrei no clima da festa: esparramei, minhas malas e tapetes pelo chão e deixei a fantasia invadir aquela tarde!

A meninada, também no chão e muitíssimo á vontade ouviu as histórias de meus livros e  adorou saber detalhes de como cada uma delas surgiu. A fada emburrada, que tem ilustrações de Romont Willy e foi publicada pela Elementar, fez sucesso entre os pequenos. Eles não conseguiram imaginar a "musa inspiradora" da história tão mal humorada e emburrada, sem dar muitas gargalhadas!

Quem passava pelos corredores do anexo II da Câmara, onde tudo aconteceu, dava um jeito de encostar, ou até de registrar, afinal não é todo dia que a política cede espaço ao sonho!

Claro que também cantamos histórias, os hits da tarde foram a balada da Fada Emburrada e o Baião do Jacaré Bilé, que por sinal, acaba de sair em CD com a nova edição do livro O jacaré Bilé, ilustrações de Ítalo Cajueiro, Editora Biruta! Ali, no chão, encostados na parede ou simplesmente passando, funcionários e até alguns parlamentares arriscaram soltar a voz para cantarolar o refrão: Bilé, bilé, bilé, que jacará, "mané"... Bilé, bilé, bilé, de dia nunca está de pé"

Teve ainda história sensorial, no livro gigante, criação da Claudinha Weber, em que os cinco sentidos são presenteados e a história do livro O jardim encantado, com ilustrações de Beatriz Roscoe Cavalcante da Franco Editora, literalmente salta aos olhos e ganha vida em 3D.

Depois de mais de uma hora de roda de histórias e cantigas, conversas e muita diversão, a meninada se apossou da mala dos livros e eu ganhei o dia, com meus livros e personagens todos nas mãos de quem deveriam estar sempre: de suas Excelências, os leitores!

Antes de encerrar a tarde mais que especial, ainda pudemos assistir juntos ao filme A menina que pescava estrelas, de Ítalo Cajueiro e Elvis Kleber, animação feita para o cinema, baseada no meu primeiro livro, parceria também com a filhota amada Beatriz Roscoe Cavalcante! ADOREI TUDO!