segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dica de Leitura


Jardim de Versos tem perfume, tem a alegria que só a infância consegue traduzir inteiramente, tem sabores, tem sons e imagens, tem gosto de coisa boa.É livro que festeja os sentidos todos e que nos apresenta a poesia do escocês Robert Louis Stevenson, autor que influenciou escritores no mundo todo e que ficou conhecido por dois de seus livros: A ilha do tesouro e O médico e o monstro, mas que também se dedicou à escrita de poemas e de poemas para crianças. Se alfabetizaram com os poemas de Stevenson, Fernando Pessoa e Jorge Luis Borges. Tiveram a influência dele e de seus versos, críticos como Alberto Manguel e Harold Bloom e foi numa garimpagem também cheia de surpresas e descobertas, que a escritora e tradutora Ligia Cademartori selecionou e nos apresenta neste livro 30 poemas de Stevenson. São poemas singelos, de versos simples e nem por isso pouco profundos! Todos ilustrados com as cores da infância por Marília Pirillo!


Marília conta no fim do livro que ilustrou cada poema inundada pela saudade que sentiu da própria infância e que viajou na leitura dos versos de Stevenson de volta à esse tempo de magias e belezas. Ligia também reencontrou este tempo ao traduzir os poemas e revelou numa conversa deliciosa, que em breve estará aqui como mais uma Conversa Informal, que procurou ser fiel a tudo que Stevenson propôs, mas num dos momentos, no poema No mundo dos livros de histórias, se permitiu trocar a palavra babá, que, segundo ela, criaria nos tempos de hoje, uma ideia errada da relação de classe, que no original, escrito no século XIX, tinha outro significado e era mais afetiva que qualquer outra coisa. Ligia trocou o termo babá por Tetê, que foi uma babá que a acompanhou por toda a vida!
Jardim de Versos chega em bela edição da FTD pra encantar leitores de todas as idades!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Dica de Leitura



Uma das surpresas do meu fim de semana foi a descoberta deste livro escrito por Martha Medeiros e ilustrado por Laura Castilhos, publicado pela Editora Projeto. Martha é conhecida e adorada pelas crônicas inteligentes e por decifrar e desnudar com tanta facilidade o universo feminino. Mas rendeu-se à Literatura Infantil e com muita habilidade revela neste Esquisita como eu, as inquietações de uma menina que, na verdade, tem muito de todos nós, quando contestamos os padrões de comportamento! Quem já não se sentiu do outro mundo por pensar diferente, querer coisas diferentes, agir de maneiras diferentes daquelas estabelecidas? Pois são essas incertezas que Martha ilumina numa deliciosa narrativa em versos! As ilustrações de Laura são outro presente, explorando a tridimensionalidade das formas, a artista costura ao texto imagens divertidas que também têm uma história própria. Depis de ler o livro, muita gente vai dar vivas às esquisitices!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Conversa Informal

Conversa Informal é tão informal, mas tão informal que nem mesmo obedece a regras de periodicidade! Como bem definiu o caos deste blog, o amigo escritor Jonas Ribeiro: "Contos, cantos e encantos parece um quarto de adolescente!" E é um pouco isso mesmo, não segue padrões e tem a intensidade desta fase da vida, por isso não vejo necessidade de pedir desculpas ou justificar os meses todos de ausência do que era pra ser um quadro fixo e constante do blog. Sendo assim, ressucito o quadro de entrevistas com esta deliciosa conversa que tive, em fevereiro deste ano, com Maria Antonieta Cunha, Diretora de Livro e Leitura do Ministério da Cultura. A entrevista foi publicada no último Boletim da AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, da qual faço parte e vale a pena ser conferida, não só por quem trabalha com livros e leitura neste país!



Impossível falar em leitura no Brasil e mais, em leitura literária para crianças e jovens, sem citar Maria Antonieta Cunha. Mineira, esposa, mãe, avó e uma incansável defensora da paixão de ler, ela é escritora, já foi editora de livros, professora universitária, Secretária Municipal de Cultura em Belo Horizonte, Secretária Executiva do PNLL, o Plano Nacional de Livro e Leitura e está agora à frente da Diretoria de Livro e Leitura, do Ministério da Cultura. É uma das mais respeitadas especialistas em leitura do país e sempre que fala sobre livros, autores e literatura, contagia, inebria, encanta! Antonieta Cunha foi pioneira na luta pelo reconhecimento do valor e da qualidade da Literatura infantojuvenil brasileira no meio acadêmico e numa conversa descontraída e bem humorada, ela falou das conquistas e também dos desafios enfrentados por todos que sonham com um Brasil verdadeiramente leitor! A entrevista completa aqui .

Quando o sonho ganha forma!



Agora, mais que uma simples vontade, o Uni duni ler, o Clube de leitura formado por bebês e pré-leitores, ganhou identidade, forma e até uma marca! O que era um sonho só meu, rompeu os limites do imponderável, da fantasia e se tornou um trabalho muito real e gratificante. Há tempos que devo esta postagem, desde que da imaginação e do talento do publicitário e amigo querido, Aluízio Weber Filho, surgiu a logomarca! O livro-pipa, que une os conceitos de literatura e brincadeira, que faz voar, saltar do chão, que traduz o que de fato os livros na primeira infância devem ser: fonte inesgotável de prazer e alegrias; é a mais perfeita imagem do que é a nossa ciranda literária semanal! E antes que alguém reclame que na logomarca falta cor, vou logo avisando: ela aqui é azul e representa o mar de possibilidades que temos, um céu sem limites pra explorar o fantástico, o imaginário e tem ainda todas as cores do nosso universo onírico! Na capa do Guia Uni duni ler de leitura para bebês, que estará pronto em breve, é possível enxergar isso com a mistura de cores, proposta pela designer Daniela Gonçalves, que está cuidando do projeto gráfico do livro.



E não é verdade que o branco guarda todas as cores?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Dica de Leitura


A Dica de Leitura da semana apresenta o lançamento do premiado escritor e ilustrador Marcelo
Cipis: O pequeno livro, publicado pela Editora Peirópolis. Minha paixão pelo formato de bolso vem da tenra infância. Sempre adorei pequenos livros que eu pudesse segurar com facilidade mesmo quando as mãos eram pequenas demais e o entendimento se depositava apenas nas sensações, nas texturas e cores de cada página. Acho que o primeiro livro que ganhei foi uma edição de bolso de O patinho Feio, que eu carregava pra todo lado! Agora, no Clube de bebês leitores, o Uni duni ler, vejo que os livros que cabem nas mãos dos mais miúdos leitores são uma festa para todos e aproveito a minha empolgação para falar da grata surpresa que este O pequeno livro, do Cipis, causou-me esta semana. Recebi, não um, mas dois exemplares da editora e assim que abri os pacotes, a sócia do Uni duni ler aqui de casa, do alto dos seus três anos, apropriou-se logo de um deles com um sorriso no rosto e a argumentação incontestável: "Mãe, este livro aqui é meu, tá? Ele é do meu número, viu só?" Fazer o quê? Um exemplar ficou para a Luiza, que imediatamente "leu"sozinha a história toda reconhecendo muitos dos personagens que o autor revisita como o Lobo, os três porquinhos e o Pinóquio. Depois pediu uma leitura compartilhada e já elegeu O pequeno livro como seu mimo favorito que vai com ela, não no bolso, mas na bolsa pra todo canto! O outro exemplar vai para o Uni duni ler e depois do recesso escolar vai para a mala fazer parte da ciranda literária. O livro traz histórias e personagens clássicos de contos bem conhecidos da meninada revisitados pela narrativa, pelos traços e pelas cores de Cipis. Branca de Neve, por exemplo, fica azul de frio. O temido Lobo Mau fica bem amigo dos porquinhos e faz na companhia deles algumas refeições, agora que é um lobo vegetariano. Cipis brinca ainda com o clássico e o contemporâneo ao misturar no mesmo enredo personagens dos contos de fadas com outros dos quadrinhos e sempre inventando situações inusitadas. Já imaginou um super-homem que só voa graças a um guindaste? E um Pequeno Polegar que não se desgruda da mão e usa um belo chapéu? Marcelo Cipis, não só imaginou, como desenhou e apresenta nesta adorável história de muitas histórias algumas invenções próprias que o acompanham desde a infância: "Eu brinquei com alguns personagens clássicos da literatura e usei também alguns desenhos e elementos que tinha guardado em minha memória. A imagem do carro vendedor de balões, por exemplo, é a adaptação de um desenho que fiz quando ainda estava no primário", revela o autor!
As ilustrações foram feitas a lápis em papel manteiga e com muitas cores fortes e tons vibrantes. O pequeno livro é mínimo apenas no formato, pois permite infinitas descobertas e divertidas viagens pelo imaginário! É na verdade, o máximo!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dica de Leitura


Andy Cutbill e Russel Ayto se juntaram pra contar a história de uma vaca bem diferente. O primeiro escreveu, o segundo ilustrou e a Salamandra publicou aqui no Brasil. A vaca que botou um ovo é história que faz rir e surpreende. É uma divertida história sobre acreditar e ser capaz de fazer coisas incríveis! Mimosa é uma vaca que não se acha lá muito especial. Não sabe andar de bicicleta, nem plantar bananeira como as outras vacas. Anda triste e deprimida, até que um dia descobre que botou um ovo... Mas, afinal, como pode uma vaca botar um ovo? Pra descobrir,  só mesmo lendo o livro!


terça-feira, 3 de julho de 2012

Atrás do olho fechado em destaque no Correio de Araxá


Lançamento da Callis Editora reúne 40 pequenas histórias sobre as descobertas e o cotidiano infantil
29-06-2012
Com texto lúdico e divertido, obra de Alessandra Roscoe aborda situações como o medo de escuro, a morte e as relações de amizade

Imagine um livro que proponha ao leitor, especialmente pais, avós e tios, um mergulho pelas deliciosas descobertas da infância por meio de pequenas histórias cotidianas, como o medo de escuro e de barata, os sonhos, a amizade. Essa é a proposta do novo livro da Callis Editora, “Atrás do Olho Fechado”.

         Na obra, a autora Alessandra Roscoe fatia a vida de Nina, a personagem principal, e sua família, em 40 minicapítulos retratam passagens marcantes na infância de qualquer pessoa. Como a primeira em que se lê algo sozinho, ou a curiosidade ao se descobrir a morte. Tudo descrito sob a ótica de uma criança.

 “Atrás do olho fechado é história para mais de um sentido. Foi concebida para festejar todos os sentidos! É história para ler, ouvir, tatear, degustar, para sentir os  cheiros da infância, das lembranças e, mais do que tudo isso, para celebrar a delícia de descobrir a leitura em todas as suas possibilidades”  explica Alessandra.


Ao escrever o livro, com texto simples e recheado de ilustrações, a autora quis tornar a leitura acessível a quem está  em processo de alfabetização, já que é possível ler um capítulo por dia antes de dormir.

 Título: “Atrás do Olho Fechado”

Autora: Alessandra Roscoe

Ilustrações: Camila Carrossine 

Formato: 16 x 23

Páginas: 104

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dica de Leitura





Pra começar bem as férias indico não um livro, mas uma coleção inteira de boas leituras com os pequenos! São cinco títulos escritos por Caio Riter para celebrar os cinco sentidos. Com texto inteligente, linguagem simples e histórias cativantes, o autor apresenta de forma divertida e poética as possibilidades tantas de sentir o mundo. Em cada livro da coleção um animal descobre um jeito diferente de perceber as coisas. A coleção foi publicada pela Editora Edelbra, com os seguintes títulos: A visão do pavão, com ilustrações de Martina Schreiner; O tato do gato, com ilustrações de Fábio Sgroi; O paladar do urso polar, ilustrado por Nilton Bueno; A audição do leão, com ilustrações de Isabel de Paiva e O paladar do urso polar, ilustrado por Lúcia Brandão. Os livros falam bem de perto com os mais miúdos e são uma excelente oportunidade para experimentar com eles a maravilha das leituras partilhadas!