sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Tempo de esperar




Em meio ao ritmo alucinado que a vida moderna nos impõe, fui surpreendida por um vagar inspirador e reconfortante! Antes preciso dizer que desde que resolvi trocar a correria do jornalismo, a rotina nas redações pela literatura, meu tempo é outro. Corro muito ainda, viajo bastante, escrevo todo dia, visito escolas, coordeno oficinas, projetos e inúmeras atividades ligadas aos livros, à leitura, à literatura. Tem também a casa, o marido, os três filhos... Os dias parecem curtos, mas mesmo assim, o meu tempo é outro. Há o espaço de contemplar. Trabalho muito em casa e na manhã desta quinta-feira de um agosto sempre bem árido aqui no Cerrado, fui presenteada por um único cacho de flores amarelas numa das mudas de Ipê que coleciono no jardim. Obra muito mais do marido que minha, cada canto do jardim aqui tem um nome, uma história! A casa, a família e tudo o que somos, acho que tem, de certa forma, uma relação com este jardim. Ele expressa nossos desejos, guarda nossas promessas, invade várias partes da casa e nos permite guardar sem gaiolas ou estufas passarinhos e flores. Plantamos nele futuro e passado. E hoje o galho ainda franzino da mudinha que plantei semente há alguns anos ter explodido cor e beleza neste único bouquet de flores, remexeu muita coisa em mim. Principalmente saudades e a reflexão sobre a espera. Sobre todas as nossas esperas. As flores que despontam agora são a própria esperança da grandiosidade que a certeza da árvore guarda. É um presente que nos escancara sem pudores o futuro já adubado e que nem precisa ser regado. Nos incita a sonhar, acreditar, a saber esperar com o vagar que as coisas infinitas exigem. O importante é saber olhar com o olho parado e respirar toda a eternidade que este instante mágico carrega

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Unid uni Ler na Campanha Nacional de incentivo à leitura da TV Globo: Quem Lê viaja!

Incentivar à leitura é mais que um desafio, uma missão e desde que lançamos a campanha e o manifesto por mais livro e leitura na programação das Tvs Abertas, muita coisa já mudou. A petição foi criada em 2009 e ainda pode ser assinada aqui, mas muitas novelas já começaram a mostrar personagens lendo ou comentando livros, presenteando outros personagens com livros e todos sabemos a força que tem a televisão para influenciar gostos e hábitos. Matérias sobre livros e leitura são cada vez mais frequentes na programação e até campanhas como a Quem lê viaja da TV Globo, que tive a honra de abrir aqui no Distrito Federal, como escritora convidada, da primeira Roda de Leituras. Eu e o jornalista Guilherme Portanova, do Bom dia DF, tivemos no dia 29/07/2014, uma manhã muito especial entre livros e descobertas com mães e filhas do Instituto Proeza, instituição que com ajuda do Criança Esperança, ensina mães a bordar e filhas a dançar balé numa tentativa de trabalhar autoestima e colocação social de mulheres carentes.


Passamos horas felizes entre livros, leituras e memórias literárias, fizemos um varal de lembranças e descobrimos que a leitura pode ter infinitas formas e que mesmo aqueles que não são alfabetizados sabem sim ler e ler muito! A equipe da TV Globo foi conferir a nossa Roda e registrou tudo:
Veja a matéria aqui.

Notícia boa!

Não é de hoje que Cantos, contos e encantos espalha que a leitura para os bebês ainda no ventre traz muitos benefícios. Agora, a Sociedade Americana de Pediatria está recomendando que os pediatras e obstetras prescrevam a leitura para as "barrigas" como forma de estreitar as relações afetivas com o bebê durante a gestação. O Aletramento Fraterno, há vários anos comprova os benefícios todos desta atitude simples de ler em voz alta, durante a gravidez. A Sociedade Brasileira de Pediatria gostou da ideia e decidiu recomendar aqui também no Brasil a leitura para o ventre. Uni duni Ler, o clube de bebês leitores, surgiu para dar continuidade ao trabalho das oficinas do Aletramento Fraterno, pois aqueles leitores que se formaram no ventre das mães, não podiam perder o contato com os livros, com a literatura. O clube se formou numa creche em Brasília, com 20 sócios e 30 livros. Desde 2010, toda terça-feira, eles se reúnem na creche que todas as crianças frequentam para "ler"com seus pais e irmãos e trocar livros. O acervo do Uni duni Ler reúne hoje mais de 500 títulos sempre trocados e renovados e muitos dos sócios fundadores do Clubinho, que começaram com meses, ou com menos de dois anos, ainda fazem parte das cirandas semanais. Irmãos mais novos chegaram, outros entraram e agora, os primeiros leitores do Clube começam a ser mediadores de leitura, mesmo sem estar alfabetizados. Em julho, o SBT foi nos conhecer:Veja a matéria aqui:

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Dica de Leitura


De vez em sempre o carteiro traz presentes vindos de vários cantos! O último pacote veio com dois livros bem legais da querida amiga Sandra Ronca, autografados com carinho e, claro, fizeram sucesso em casa e na mala do Uni duni Ler, o clube dos bebês leitores! Escolhi pra Dica de Leitura de hoje o divertido O sumiço do O! Imaginem vocês o tamanho da confusão quando a letra rebelde decide sumir! Com texto rimado e cheio de bom humor, Sandra nos conduz pelo enredo com delicadeza e nos apresenta também ilustrações cheias de cores e personalidade. Mariana é a menina da história, uma menina que adora ler e que se desespera ao descobrir que a letra O desaparece e que sem ela tanta coisa deixa de existir. Aqui em casa, as aventuras da vogal furona renderam muitas risadas e brincadeiras. A partir da leitura, os meninos começaram a sumir com várias letras só pra testar a importância de cada uma e pra ver o estrago que um sumiço desses pode causar, na leitura, na escrita, na fala! Ainda bem que por aqui todas as letras do alfabeto andam bem quietinhas e sem planos de fuga! O sumiço do O foi escrito e ilustrado pela carioca Sandra Ronca e publicado pela Editora Prumo, vale a pena passear pelas páginas do livro e desvendar o mistério do desaparecimento do O!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Encontro do curso Linguagem Musical EAPE - UnB

No dia do abraço, 22/05/2014, fui abraçada de várias formas ao participar como convidada do Encontro Linguagem Musical promovido pela EAPE - Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação com a Universidade de Brasília!

O encontro aconteceu num cenário que faz parte da minha história: o auditório da EAPE, que hoje funciona na antiga sede da Escola de Aplicação da Escola Normal de Brasília, onde estudei do jardim à sexta série, hoje sétimo ano do ensino fundamental e foi ali, no mesmo palco que ocupei com meus livros, histórias e cantigas, na manhã de quinta-feira, que cabulei minha primeira aula e por causa de um piano de quarto de cauda! Eu estudava na parte da tarde, minha mãe me deixou na entrada da escola antes da aula e eu, a caminho da minha sala, vi, de uma janela entreaberta, o piano também aberto no meio do palco. Entrei e me perdi no tempo e nas descobertas todas, era 1979, eu com nove anos de idade. Ao fim do dia, quando minha mãe foi me buscar, a professora avisou que eu havia faltado e minha mãe desesperada, argumentou que havia me deixado na escola no começo da tarde. Quando me encontraram quase sete da noite eu ainda batucava no piano, tomei pito e fiquei de castigo, mas anunciei que tinha aprendido muito mesmo sem sala de aula. Não convenci ninguém, mas hoje entendo que aquilo serviu talvez para hoje eu ter podido encorajar os professores do curso de linguagem musical, pois mesmo sem saber música formalmente, não leio partituras e não decifro os códigos, eu sei que a musicalidade é parte de mim e do meu trabalho! Tenho livros com cds de cantigas que compus e também canto histórias! Acho que porque nunca tive medo de me assumir musical, informalmente musical! Talvez seja essa liberdade que nos falta pra fazer o que imaginamos impossível!

Fui abraçada por todos do curso, pelo Christofer, que coordena as oficinas pedagógicas, pela Aldanei Menegaz, encantadora de tantas histórias, que me fez o convite, pela Patrícia Pederiva, da Unb e amiga de outras datas, pelas educadoras Malu e Andréia e também pelo batucadeiro, Ricardo Amorim! Todos dividiram suas histórias e seus saberes no Encontro e me encheram de uma felicidade sem tamanho! O outro abraço veio da Luiza, minha caçula que me acompanha desde o ventre nas andanças literárias da minha vida! Tive uma semana intensa de trabalho com muitas apresentações em escolas e oficinas e fui surpreendida por uma faringite aguda que me deixou sem voz e com acessos de tosse incontroláveis. Na quinta, dia do encontro, apesar dos tratamentos convencionais e de todos os caseiros também, na tentativa de recuperar a minha voz, estava ainda com um fiapo de fala. Luiza teve que ir comigo e no carro, a caminho da EAPE, avisou que iria me ajudar, pra que eu não gastasse o resto de voz que me sobrara. Avisou e cumpriu a promessa, subiu ao palco comigo, cantou uma das cantigas que inspirou meus livros da coleção Experimente a Palavra, Editora Canguru e fez a "leitura" do livro O minhoco apaixonado em voz alta, mesmo sem estar alfabetizada!







Eu li, contei, cantei, partilhei também as histórias de muitas histórias...

E voltei pra casa feliz por tanta coisa linda que vivi!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Escola Americana de Brasília - Apresentação

 Na terça-feria, dia 20/05/2014 fiz duas apresentações na Escola Americana de Brasília para falar dos meus livros e do meu trabalho com a Literatura nas oficinas de leitura e mediação que venho realizando em Brasília e por outras paragens! Com as crianças do ensino fundamental fiz a leitura em inglês do meu livro Caixinha de guardar o tempo, ilustrações de Alexandre Rampazzo, Editora Gaivota, título que sempre me enche de alegrias: foi o que me permitiu iniciar o trabalho com os idosos e pacientes de Alzheimez, foi finalista do prêmio Jabuti, categoria infantil em 2013 e o meu primeiro texto traduzido. A turma querida da Editora Gaivota fez uma edição especial em inglês para uma apresentação minha em Liverpool, na Inglaterra, também ano passado! Com a tradução, arrisquei fazer a leitura em inglês e foi super bacana. O texto é em versos e tem uma métrica definida no Português, mas ganhou outra cor e outro ritmo!
A tradução me permitiu dialogar também com os alunos que apesar de morarem no Brasil e estudarem aqui, só falam o inglês. Grande parte da minha apresentação foi em Português mesmo e ainda assim, percebi que a Literatura e a arte transcendem a língua, o idioma!

 A conversa com os mais miúdos foi na biblioteca da Escola, eles num tapete vermelho e eu no céu...
 Dividindo leituras, as histórias de cada história, curiosidades e...

Também as cantigas! Foi super bacana! Obrigada, Cláudia Araújo, Roberto e toda a turma empolgada da Escola Americana de Brasília! I had sweet moments with you! Thank you, very much!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Dica de Leitura


A Dica de Leitura de hoje é uma declaração de amor à Brasília em 206 verbetes e que vai encantar leitores de todas as idades. BrasíliA-Z cidade-palavra revela a cidade e suas histórias vividas por quem vive aqui e vivência a capital muito além dos monumentos e cartões-postais. Nicolas Behr nos conduz por eixos e asas, rios e lugares escondidos, nos leva a orbitar fora do Plano e a descobrir uma Brasília que muitas vezes até os brasilienses desconhecem! Um livro delícia, que se lê numa sentada e que nos permite uma verdadeira viagem pelos vários tempos desta cidade sonhada, inventada e realizada por tantos. Fala das belezas e idiossincrasias deste lugar único e inspirador e com a propriedade de quem carrega no olhar o mais de poesia que se pode querer! Nicolas é poeta que adotou a cidade e que deu voz aos anseios de toda uma geração. Figura quase mítica, mas muito real que povoa muitos imaginários. O meu, certamente, muito se inspirou nas intervenções do poeta e de sua trupe. Dos versos gritados em spray nos muros e pontos de ônibus. Nicolas, junto com Turiba, Tovar, TT Catalão soltaram o verbo quando pensar era perigoso, transgrediram e se firmaram como formadores de opinião de uma juventude que sonhava e sonhava muito, apesar da repressão. Voltei aos tempos de Concerto Cabeças, Porão do Rock, efervescência cultural no Galpão e no Galpãozinho, revi um trailer da minha juventude na sala de cinema da Cultura e nos shows da Escola Parque, na ocupação dos espaços que nem seriam pra ser da arte e que foram dominados por quem de direito. Nicola, como é chamado carinhosamente pelos mais próximos, destila seu amor pela cidade-natureza antes de ser cidade-concreto e emociona, da primeira a última página, reacende lembranças boas em imagens e verbetes, resgata personagens e mitos, cita tradições e contradições de um lugar que nasceu para ser diferente e é, mas que rompeu os planos todos e deu asas a mais pura imaginação!  O livro é um dicionário de amores que não esquece as dores ( o assassinato da Ana Lídia e do índio Galdino), os podres dos poderes que ainda envergonham e os descasao e descuidos com a natureza e o patrimônio.

Se você não conhece o Nicolas e seus livros, não sabe o que está perdendo! Um dos maiores e mais irreverentes pensadores e agitadores do quadradinho!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

FLIPIRI 2014

A Flipiri é sempre uma grande festa e em todos os sentidos, a começar pela visão: cheguei e fui recebida no Pouso do Sô Vigário com este visual: janela de fazer sonhar...
Tenho a honra de ter participado de quatro das seis edições e preciso dizer que depois de dois anos afastada, voltei em 2014 e encontrei uma Festa mais madura, com mudanças expressivas, principalmente na itinerância, que é a visita dos escritores e ilustradores convidados a escolas da Região. Na primeira edição em 2009, ela já acontecia, mas os alunos pareciam muito pouco familiarizados com os livros. Talvez nem mesmo tivessem tido o rostinho de folheá-los antes do encontro com seus autores. Desta vez, fui surpreendida por turmas completamente envolvidas com vários dos meus livros, crianças atentas, querendo ouvir as leituras e as histórias de cada história. Ponto para Íris Borges, organizadora da Flipiri que sempre destacou a itinerância como a festa maior dentro da festa. E é mesmo!


Este ano visitei uma escola municipal urbana, a EM Professora Olívia que atende turmas de maternal e educação infantil! Fui surpreendida por crianças superempolgadas e pelo Gabriel que abraçou, literalmente, meus livros e disse que mesmo sem saber ler tinha adorado cada um deles. No sábado, reencontrei Gabriel com a tia avó, escritora, na Feira e, claro, que o presenteei com um livro. Ele escolheu Atrás do olho fechado, um romance apenas com vinhetas, poucas ilustrações de Camila Carrosine, publicado pela Callis. Disse que üm livro com muitas palavras e poucos desenhos demora mais acontecendo pra gente", ganhei o dia!



Flipiri é festa para a família toda e eu que sou famosa por ter um primo em cada canto do mundo, sempre consigo reunir família e amigos para dividirem comigo as alegrias da Festa Literária em Pirenópolis, mas este ano me superei: foram mais de 20 pessoas entre familiares e amigos e conseguimos além de curtir a programação da Flipiri, aproveitar a natureza exuberante da região. Fizemos trilhas, visitamos cachoeiras e a Fazenda VagaFogo, um lugar cheio de aventuras!

 A Flipiri também proporciona muitos encontros: aqui com a família, Adriano Siri e Adriana Nunes, dos Melhores do Mundo e que nos surpreenderam com as habilidades literárias: ele com a escrita e ela com as ilustrações...
 Com Mariana Massarani, Ana Miranda, Ana Paula Bernardes, Tino Freitas e Luiza depois do lindo livro concerto de Patricia de Arias e Guga Murray...

Com o amigo querido desde a primeira Flipiri, o sensível e talentoso Ignácio de Loyola Brandão, sempre amoroso e inspirador com suas andanças...

 Com Patricia de Arias, Guga e Luis Murray, Luiza e Peppa...

 Com o escritor/ilustrador americano Todd Parr...

Com Luis e Luiza que se adoraram desde o primeiro encontro!

 Sábado comecei o dia com o show Contos, cantos e encantos, no palco da Praça e fui recebida com muitos risos e carinhos!
Sempre uma alegria partilhar minhas histórias na Flipiri! Obrigada Íris Borges e todos que fazem da Festa Literária de Pirenópolis esta incrível viagem!

Antes de voltar para Brasília fomos conhecer o Museu Rodas do Tempo, outra viagem!

E pra encerrar com o coração aos pulos, ainda virei ilustração! Fui presenteada com esta linda homenagem da Adriana Nunes que eternizou em cores e traços, um dos meus momentos no show de histórias. Vestida com meu figurino: "Eles passarão, eu passarinho", virei desenho e fiquei muito, muito emocionada! Que venham muitas outras Flipiris! Como disse o Ignácio, podem até não me chamar, mas eu vou!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dica de Leitura


Depois de tanto tempo sem as dicas semanais, Contos, cantos e encantos retoma hoje a Dica de Leitura com um livro muito especial e cheio de poesia e música, que voltou recheando a sacola de livros que eu trouxe da Flipiri 2014, a Festa Literária de Pirenópolis, que em breve terá postarem aqui também, aguardem! Patricia de Arias e Roseana Murray, numa parceria deliciosa nos apresentam nesta edição da IBEP, com ilustrações de Regina Rennó, poemas repletos de delicadeza e musicalidade. Patricia reverencia a lua e Roseana o sol e ambas têm brilho e luz própria, mas conversam e interagem em versos nos poemas que ganharam ainda o toque do violão de Guga Murray, filho de Roseana e marido de Patricia. O livro foi transformado em Livro-Concerto por Guga e Patricia e em Pierenópolis contou até com uma participação essencialíssima no palco: a de Luis filho de Patricia e Guga, mas isso eu só vou contar ( e mostrar) depois, porque agora quero falar do livro, dos poemas para serem lidos com calma seja sob os raios do sol entrando pela janela, ou sob a beleza prateada de uma noite de lua! As duas poetas tecem com seus fios e raios uma trama bonita, entrelaçando palavras e sonhos, costuram com simplicidade arrebatadora e, ainda assim, profundamente, a narrativa poética desta obra! Roseana já é conhecida e premiada por sua poesia, Patricia, que nasceu na Espanha, inaugura com este livro sua carreira literária no Brasil e já anuncia novidades também em prosa para breve, muito breve! Fio de Lua, Raio de sol é livro despretensioso e  por isso até surpreende, encanta, acalanta. Foi feito pensando nas crianças, mas certamente vai agradar leitores de qualquer idade!

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Projeto Literatura Viva Sesi SP

Desde o ano passado, participo de um projeto maravilhoso do Sesi de SP, o Literatura Viva. Em 2013 visitei quatro unidades do Sesi na grande SP para conversar com alunos da Educação de Jovens e Adultos. Foi minha primeira experiência com EJA e, simplesmente foi incrível! Agora, no fim de março e começo de abril de 2014, percorri cidades do interior paulista para trocar ideias com crianças de educação infantil e ensino fundamental. Foram imensas emoções e encontros formidáveis. Cheguei em Campinas e fiz o circuito: Sorocaba, Votorantim, Tatuí e Itapetininga. Deixo vocês com as fotos de cada encontro.

O primeiro dos quatro encontros foi no Sesi de Votorantim, uma tarde de muitas histórias...


No dia seguinte, dia 01 de abril, falei com as crianças do Sesi de Sorocaba, que me receberam cheias de alegria e disposição. Foi uma manhã de muitas trocas!

Em Tatuí, a terra da música, fui recebida com trabalhos lindos sobre os meus livros e uma garotada atenta e super curiosa!

Li, contei e cantei histórias, ouvi relatos emocionados das crianças e dos professores sobre cada um dos meus livros e fui abraçada de todas as formas...
Quase me perdi no meio de tanto afeto!


Na última cidade que visitei pelo projeto Literatura Viva este ano, Itapetininga, fui recebida no teatro e pude, além de partilhar minhas histórias e meus cantos, as histórias de algumas histórias, ouvir as crianças sobre livros, leituras e fantasia! Foi tudo especial demais! Tomara que o Literatura Viva, viva muito e por muitos anos mais!

Tempos de retomada

Sim, eu sei que não é a primeira vez que volto a este meu espaço de afetos virtuais com a promessa de retomar as potagens mais constantes. Mas insisto! Os últimos tempos foram de muito trabalho, algumas dores e muitas conquistas! Só em 2013, chegaram 10 títulos novos e as duas primeiras coleções de livros focados nos bebês e pré-leitores, a minha primeira parceria com o querido amigo Leo Cunha e tudo o que brotou do projeto Uni duni Ler todas as letras, que realizei com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. O projeto realizou o Festival Itinerante de Leitura com ações por várias cidades do DF. Trouxe escritores, ilustradores e profissionais do teatro ligados à primeira infância de vários estados e até da Espanha e juntou os dois públicos principais que tem sido alvo de minhas oficinas: bebês e idosos! Está tudo registrado lá no blog oficial: http://unidunilertodasasletras.wordpress.com.
2014 já começou agitado e com muito trabalho e, claro que quero fazer deste espaço, um espaço de registros e de trocas, de colunas semanais, como a Dica de Leitura e de momentos especiais como as entrevistas do quadro Conversa Informal. Agora, ao invés de um, tenho dois blogs para atualizar e conto com a compreensão dos leitores e seguidores! Vou recomeçar neste mês de maio, o mês do trabalhador, com o compromisso de trazer relatos e fotos de algumas atividades já realizadas no início do ano e com novas potagens a partir de já!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

O sonho sempre maior que os sonhadores

Há duas semanas tenho estado fora do ar por conta de inúmeras viagens e compromissos de trabalho e também pessoais. Semana passada estive em cinco cidades em quatro dias, no interior de São Paulo, pelo lindo Projeto Sesi Literatura Viva. Cheguei em Campinas e conversei com leitores também em Sorocaba, Votorantim, Tatuí e Itapetininga! Uma maratona muito enriquecedora e proveitosa em todos os sentidos. Em cada Sesi, uma experiência diferente! Na terça-feira, dia 01 de abril, como estava fora da cidade, tive que cancelar o encontro semanal do Clube de leitores Uni duni Ler, sagrado todas as terças na creche Assefe, desde 2010. Avisei antes que estaria ausente. De volta a Brasília, mais encontros com os leitores daqui e por conta da missa de um ano de morte da minha mãe, celebrada ontem, dia 08/04, também uma terça-feira, outro encontro do Clube teve que ser adiado. Hoje, me chega pelo email o maior presente que poderia receber: fotos de uma das sócias do Uni duni Ler que não deixou nossos leitores sem a ciranda semanal, nem a semana passada, nem esta. Yasmin, que tem apenas cinco anos e faz parte do Uni duni Ler há mais de um ano, colocou vários de seus livros pessoais dentro de uma sacola, fez fichas de empréstimos para todos eles e não deixou ninguém sem livro! Fiquei muito emocionada e feliz em saber que a semente que plantei já deu frutos e frutos tão saborosos. Agora posso cumprir meus compromissos literários fora de Brasília, com a tranquilidade de saber que os sócios do Uni duni Ler não ficarão sem livros e leituras!



                                                             Fotos Alberto Silva

Como não me sentir realizada com este sonho que já expandiu todos os limites do imaginável, sendo sonhado assim, de um jeito tão pleno e espontâneo? Yasmin e o "seu" Clube de Leitura me fez ganhar o dia!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Atualizando a bibliografia!

No final de 2012, publiquei a pedido da Feira do Livro de Porto Alegre, o Guia Unidduniler de leitura para bebês e em 2013, foram, ao todo, 10 títulos novos. 5 da Coleção Bicho Não, da Edelbra, com ilustrações de Anabella López, 3 da Coleção Experimente a palavra, da Canguru, com ilustrações de Luciana Fernández, Anita Morra e Edit Sliacka, O senhor Pavão, da Elementar, com ilustrações de Vicente Mendonça e Minha parceria com o escritor Leo Cunha: Dedo e os tubarões, da Escarlate, o selo jovem da Brinque-Book, com ilustrações deRafael Antón.