terça-feira, 17 de maio de 2011

Tecendo Histórias em Pirenópolis

No sábado, fui recebida por um público atento e super animado, às 11 da manhã no lindo Theatro Pyrenópolis. Imaginei que sem as crianças das escolas, com tantas atividades na programação e ainda a concorrência do dia lindo e os convites para aproveitar o sol e as cachoeiras de Piri, eu fosse falar para uma dezena de amigos, mas fui surpreendida por um teatro repleto!

Tecendo histórias - nos fios do dia-a-dia se constrói a fantasia é quase uma conversa ao pé das páginas de meus livros entremeada com histórias, memórias, cantigas e as histórias de cada história.
No palco os balanços da opereta encenada na noite anterior e o olhar de Cora Coralina puseram minha alma para brincar e poemar!

Cantei as músicas feitas para as histórias e tive coro o tempo todo!

Até quando os acordes das cantigas silenciavam...

... foi muito especial!
Tão especial quanto as palavras do amigo Marcelo Benini, poeta talentosíssimo que conheço desde os tempos de escola, na Flipiri com seu livro: O capim sobre o coleiro, ou tentativas para ausência de chão, com o qual me emocionei e perdi o chão. Marcelo escreveu-me suas impressões sobre a Festa e com a devida autorização do autor eu publico aqui o belo e-mail:

"Alê, 
 
Quando os filhos crescem, a gente vai aos poucos se afastando do mundo da fantasia e começa a levar tudo muito a sério. 
Foi assim que eu me sentei no teatro para ver a sua apresentação. Estava lá apenas como um
amigo prestigiando o trabalho de uma amiga. E, confesso, me mantive assim nos primeiros minutos. 
Mas aconteceu a mágica da história bem contada! À medida que ouvia, os pontos de tensão do corpo do adulto foram relaxando, desistindo de tentar parecer sérios, carrancudos e "maduros". Quando eu dei por mim estava feliz da vida sonhando, batendo palmas e cantarolando suas canções. Deu uma vontade danada de que venham logo os netos!!
 
                                         **
 
No domingo estava tomando café-da-manhã na pousada e, na mesa ao lado, um casal com um filho de uns 7 anos.
A mãe disse assim:
- Ontem você se divertiu, né filho?! Como é mesmo aquela musica?
E os três começaram a cantar:
- Bilé, bilé, bilé... o jacaré mané!!
 
Adorei. Parabéns!"


Um comentário:

Alexandre de Castro Gomes disse...

Ouvir a criança cantando a música do Bilé deve ter sido a melhor parte da viagem. Adoro ver os pequenos mergulharem na história. São lembranças que carregam para a vida adulta. Parabéns!