segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dica de Leitura

Na semana da criança, a Dica de leitura do blogue traz um livro muito legal e que nos faz pensar bastante no quanto, estimuladas pela sociedade de consumo, as crianças - e os adultos também - deixam de dar valor ao que realmente tem valor. A vida curta e incrivelmente feliz de Riley é uma história sobre a felicidade e sobre as coisas simples que podem fazer a diferença. De Colin Thompson e Amy Lissiat, publicado no Brasil pela Brinque-Book, o livro é um convite à reflexão. Riley é um rato que vive pouco, mas intensamente cada situação de sua vida e é comparando a vida do Riley com a dos humanos sempre insatisfeitos e querendo mais e mais que os autores dão o seu recado. Com texto curto e bem simples e ilustrações lindamente criadas a partir de referências de obras de arte famosas, a história ganha força em cada página. Fala da eterna insatisfação humana, da busca pela felicidade, que muitas vezes está diante de nós e não conseguimos enxergar e da maravilha que é poder se engrandecer com as coisas que parecem pequenas, mas que são grandiosas. O livro recebeu o prêmio do Conselho Australiano de Livros Infantis como o melhor livro ilustrado do ano em 2006 e não deixa de ser atual, pois a cada dia a mairoria das crianças, dos jovens e dos adultos, mergulhados no consumismo extremo vinculam sua felicidade às posses, aos padrões e se esquecem simplesmente de serem felizes. O texto que apresenta o livro mostra bem o que é a história:

"Nós, seres humanos, vivemos bastante tempo e na maior parte do tempo não somos felizes. Queremos ser mais altos, mais baixos, mais gordos, mais magros, mais velhos e mais jovens. Queremos que nosso cabelo liso seja ondulado e que nossos olhos castanhos sejam azuis. Brigamos com nossos pais, filhos, professores, alunos e com todo mundo. Queremos estar noutro lugar com outra pessoa, comendo outra coisa e usando algo fantástico que ninguém mais pode se dar ao luxo de ter e depois desfilar num enorme carrão vermelho.
Os ratos vivem muito pouco tempo e na maior parte desse tempo eles são muito, muito felizes..."

Depois de ler o livro muitos ao serem perguntados se são ratos ou homens talvez prefiram responder que são ratos! Ou pelo menos desejarão ser como os ratos, os ratos da história!

Um comentário:

Ana Maria disse...

Nem sempre contentamos com o que está à nossa disposição, queremos sempre mais. Infelizmente!
Lutar por objetivos, sim; mas, querer algo que não alcançamos, é de pensar mais.
Beijinhos!