segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dica de Leitura


O escritor Ignácio de Loyola Brandão, amigo querido e cronista talentoso, presenteou-me em público, semana passada com um exemplar acabado de sair do forno de seu mais novo livro infantojuvenil. Seguindo a trilha de sucesso de O menino que vendia palavras, também da Objetiva, que em 2008, lhe rendeu o Jabuti de melhor ficção do ano, nesta segunda incursão pelas lembranças da infância. Ignácio conta com delicadeza mais uma história encantadora. Adorei o livro, muito bem pensado graficamente e divertido, sensível, emocionante. O menino empreendedor da primeira história, que monta o seu primeiro "negócio" enxergando na inteligência do pai ao lidar com as palavras  uma grande oportunidade de sucesso e vende "explicações"sobre o significado de muitas delas para os colegas na escola, não se dá por vencido. Volta agora com uma curiosidade inspiradora e se vê diante da oportunidade de um trabalho de verdade e no mundo da fantasia, no Circo que chega à sua cidade. Com a pena afiada e o bom humor de sempre, Ignácio mais uma vez surpreende. A história é deliciosa. Confesso que terminei a leitura e fiquei um tempinho abraçada ao livro sentindo a história acontecer em mim! A primeira leitura, aliás, foi para a Luiza, a quem o livro foi dedicado com especial carinho e também à Bia e ao Felipe. Na sexta-feira última, voltei a ler o livro para o meu grupo de idosos lá do Hospital Escola da Universidade de Brasília. Demos boas risadas juntos por causa das perguntas mirabolantes do menino e algumas delas foram respondidas de pronto nas conversas que as histórias sempre provocam, após as leituras. Quer saber por exemplo, porque pinguim não tem joelho ou porque as cores do arco-íris não se misturam nem quando chove? Bem, as respostas, elas nem são tão importantes assim! Mas um dos integrantes do grupo do Hospital Universitário garantiu que vai arrumar um caderninho só pra responder as perguntas que achar que merecem resposta. Voltei pra casa, inundada outra vez pela história e certa de que há perguntas que só pelo fato de serem feitas já bastam, as respostas importam pouco mesmo ou nem importam!

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