A gente sempre se renova nos encontros com os leitores. Surgem novas ideias, um olhar que não percebíamos sobre nossos livros e nossas histórias e muita inspiração. Acho que nós escritores, nas visitas a escolas, temos a exata noção do que é partilhar histórias. Este mês visitei o Cecan - Candanguinho e, devo confessar que fiquei extremamente emocionada, primeiro porque lembrei dos meus tempos de Candanguinho! Sim, fui aluna, quando só existia a unidade da Asa Sul, hoje desativada! Morava na 711 norte e atravessava a cidade, muito importante no meu uniforme xadrez azul e verde ( até hoje é o mesmo, clama fashinistas de plantão! O mesmo, mas bastante modernizado!) Senti saudades daquelas tardes de brincadeira e aprendizagem, lembrei-me das aulas de inglês, da Tia Vera e do macacão de brincar, que na minha época tinha até joelheiras. Eu devia ter pouco mais de três anos e tenho acesas muitas lembranças felizes da escola que agora me recebeu com tanto carinho paa falar de meus livros e de meu trabalho com a literatura!
Teatro lotado, meninada atenta e curiosa! As turmas de terceiro e quarto anos trabalharam dois títulos meus: JK, o lobo-guará, ilustrações de Jô Oliveira, Editora Melhoramentos e Brasília em figurinhas, Franco Editora. As crianças quiseram saber todos os bastidores dos dois livros.
Contei as histórias de cada livro, falei do quanto literatura e jornalismo estão próximos em minha vida e em meu dia-a-dia, contei e cantei histórias, falei da meu sonho de fazermos do Brasil um país realmente de leitores. Teve tempo pra conversa, tempo pra brincadeira e até pra assistirmos juntos o filme A menina que pescava estrelas, baseado em meu primeiro livro de mesmo nome, parceira com a filhota Beatriz e adaptado para o cinema pelo animador e ilustrador Ítalo Cajueiro.
A conversa foi de uma riqueza encantadora, falamos até sobre sentido da arte e lamentamos a censura do "políticamente correto" que a Literatura Infantil sofre tanto e as artes voltadas para infância! Foi uma manhã muito saborosa!
Cada um dos momentos puxava conversas, reflexões e claro muitas, muitas histórias!
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