quarta-feira, 9 de julho de 2008

Quando a poesia vence a truculência...

Bom demais saber que depois da derrubada dos mosaicos do poeta Gougon em Brasília, um protesto poético cimentou de vez o final feliz de uma história que envergonhou artistas, escritores, agitadores, poetas e até mesmo o poder público equivocado que sai confundindo arte na cidade que inspira tanto. Plantar poemas no chão, onde ninguém pode derrubá-los e ainda tapar buracos e a boca dos que gritaram na tentativa de defender o erro da administração quando destruiu os painés poéticos foi um ato bélissimo. Já ganhou, mais que olhares curiosos dos transeuntes (foi plantada a poesia no chão de um ponto de ônibus, na verdade, cimentada e no lugar de um buraco surgiram versos!), o carinho de todos os que passam pelo local e o apoio oficial! O Administrador de Brasília esteve presente ao ato-protesto-poético e marcou, como os astros na calçada da fama, no cimento do agora ex-buraco suas mãos. Famoso ele ficou pelo vexame, mas até que se redimiu bem. O episódio daqui terminou bem, mas remete a outro caso, o do poeta Gentileza e suas palavras apagadas nos muros de Rio de Janeiro. História também cantada por Marisa Monte. Gentileza foi enquadrado, calado e considerado louco... Aqui a confraria de artistas, poetas e sonhadores auto denominou-se: Loucos de Pedra!

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