terça-feira, 16 de março de 2010

Flipiri 2010, o segundo dia da Itinerância

No segundo dia da itinerância - que para quem ainda não sabe é a Flipiri nos povoados e municípios dos arredores de Pirenópolis, projeto pelo qual a Secretaria de Educação adquire livros antecipadamente, distribui aos alunos e nos dias da Festa Literária Itinerante, os autores visitam as comunidades escolares que trabalharam seus livros - comecei bem cedo na companhia das escritoras Corinta Maciel e Maria Célia Madureira. Visitamos a Escola Municipal Luciano da Silva Peixoto, em Pirenópolis. Na segunda Flipiri, a Itinerância chegou a dez povoados e visitou ainda seis escolas em Pirenópolis, antes da abertura oficial da Programação no Centro Histórico de Pirenópolis. Os encontros foram uma Festa à parte!
Manhã de quinta-feira, dia 11/03, público atento na E.M. Luciano da Silva Peixoto.

Na volta, eu Maria Célia e Corinta numa visita à Sede do Grupo Guaimbê, pontinho, ponto e pontão de Cultura com importante trabalho de arte-educação e resgate das tradições em Pirenópolis. Guaimbê, coordena por lá brincadeiras de roda, ciclos de leitura e contações de história. Produz vasto material literário e audiovisual e apresentou este ano, além do projeto sementes de leitura com o grupo Flor de Pequi, o emocionante espetáculo teatral O Tal do Quintal, uma opereta caipíra encenada por Griots de 70 a 90 anos de idade!

À tarde tomei o rumo de mais um povoado...

Botei literalmente o pé na estrada, ou melhor na água!

Pra chegar na escola do povoado rural de Bom Jesus, passei por três riachos de água límpida e lá encontrei duas salas de aulas, duas professoras e turmas multiseriadas: uma de primeiro a quarto ano e outra de quinto a oitavo. Crianças que acordam antes das cinco da manhã e ficam na escola até duas da tarde porque o transporte só passa três vezes por lá.

Fui recebida por meninos e meninas que assim como a Mariana da minha história com a Bia - A menina que pescava estrelas - também piscavam estrelas e carregavam nos olhos um brilho indescritível! Receberam-me com estrelas nos olhos e versos criados coletivamente por eles.

Conversamos um bocado, contei e ouvi várias histórias, vi os desenhos e os poemas que criaram para meus livros. Brincamos, cantamos e até desemburramos além da minha Fada Emburrada, o Simão, que ficou muito bravo com uma coleguinha e depois de tantas cantigas e histórias esqueceu a bronca pra dar algumas gargalhadas deliciosas!

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