O cenário não podia ser mais inspirador: o vão a céu aberto entre a Biblioteca Nacional de Brasília e o Museu Nacional, obra das mais recentes de Niemeyer em plena Esplanada dos Ministérios... No entardecer de domingo, um grupo de cerca de 40 pessoas emudeceu entorpecido pelas histórias de Patrícia Mcgill, uruguaia que vive em Barcelona, na Espanha e que veio à Brasília para a única apresentação, a qual tive o privilégio de assistir! Patrícia é contadora de histórias e percorre vários países difundindo a arte da oralidade, rompendo os limites da geografia. Conta histórias em Português e Espanhol, mas fala mesmo é a língua do encantamento. Foram minutos preciosos de um tempo que parecia querer ficar ali, com o famoso céu de Brasília à vista, o prédio futurista do Museu, refletido nos vidros da Biblioteca, e as histórias deliciosas narradas por Patrícia. Quem passava, parava para ouvir. Hora e meia depois do início da oficina, já noite na capital, e a platéia paralisada pediu mais uma! Foi realmente um fim de tarde inusitado e maravilhoso!
Na platéia, homens, mulheres, crianças...Quem passava, parava pra se deliciar com a narrativa contagiante da uruguaia! Com o fim do expediente na Biblioteca, os funcionários não correram pra ir embora: também pararam pra ouvir. Entre os atentos ouvintes de Patrícia, gente que faz das histórias paixão e profissão como Iêda e Therezamaria, contadores desconhecidos com sede de oralidade, pais e avós, buscando algo além do carinho para encantar com suas próprias histórias.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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