Fiquei lisonjeada e muito emocionada com a crônica do Ignácio de Loyola Brandão no Caderno 2 do Jornal O Estado de São Paulo de hoje. Nos conhecemos na Festa Literária de Pirenópolis e compartilhamos histórias e muitas emoções por lá. Com a maestria que tem com as palavras, Ignácio, que foi o homenageado da festa, foi quem nos presenteou. Transcrevo abaixo a crônica, que já está guardada na memória e no coração!
"O homem que não carregou o arco-íris
Pirenópolis. – Cada vez mais ligo literatura ao prazer de comer, nestas caminhadas pelo Brasil. Venho conhecendo o País por dentro, não tem igual, levado por festas festivais, feiras e bienais de livros. Conhecendo gente, outros escritores e costumes, falas e paisagens que se entranham em mim e me levam a conclusão, cada vez mais segura, que o caminho que escolhi – ou para o qual fui levado – é o melhor. De Pirenopolis ainda trago da Rua Nova o cheiro quente do biscoito de queijo de dona Sebastiana, ao sair do forno e desmanchando na boca. Ou a pamonha frita que me abriu o apetite no restaurante Pedreiras, à beira do rio das Almas, seguida pela caipirosca de Murici.
Há ainda o bolo de pamonha assada, a coalhada fresca, os pãezinhos quentes e doces, o bolo de fubá, do café da manhã na Pousada Casa Grande, na Rua da Alvorada. No Empório do Cerrado, na Rua do Rosário, peça o filé ou o peixe acompanhado pela farofa de Baru, semente da região, com a qual se faz também paçoca, pesto ou licores. Não se vem a esta cidade sem experimentar o empadão goiano que tem palmito, frango, lingüiça, tomate, e tudo o mais que a criatividade exija e exista na despensa da cozinheira. Esquecendo a gula, uma recomendação imperdível: vá a loja de Claudia Azeredo para descobrir roupas, vestidos,blusas, toalhas de mesa, painéis e tapeçarias de enlouquecer, perder o fôlego.
No interior de Goiás, a 145 quilômetros de Brasília, subitamente, pelas mãos de Iris Borges e com o apoio do prefeito Nivaldo Antonio Melo, nasceu a Flipiri, pequena festa literária, já com ares de grande. Falemos da cidade, um tesouro aos pés da Serra dos Pirineus. Fundada em 1727 era um centro de garimpeiros que buscavam o ouro existente no Rio das Almas. Estas almas seriam as dos garimpeiros mortos na região. Uma enchente destruiu metade da ponte existente sobre o rio, daí o nome de Meya Ponte que a cidade carregou por muito tempo, até que os habitantes acharam que era um nome esquisito e mudaram para Pirenópolis, por causa da serra que teria sido assim batizada por um frei que, chegando a região, considerou aquele o ponto mais alto do Brasil, tão alto quanto os Pirineus. Com 23 mil habitantes Pirenopolis é pequena e aconchegante, é como se ela nos abraçasse.
Sua parte histórica, completamente restaurada, concorre em beleza com Ouro Preto e Parati, se é que não ganha. As ruas são calçadas com pedras “pé de moleque” em que a região é rica. Cores por toda a parte. Festas famosas como a do Divino e a Cavalhada. Claro que trouxe várias imagens do Divino Espírito Santo, do qual minha mãe era devota e que coloquei no meu estúdio esperando inspiração. Cem são as pousadas, inúmeros os restaurantes e bares. A Rua do Lazer, à noite, está repleta de jovens nas mesas ao ar livre. Na Rua Aurora, certo dia do ano, a banda seguida pela multidão, sobe até a igreja e de lá se vê o sol nascendo de um lado e a lua do outro. É, digamos, uma cidade encantada, boa de chegar, difícil de sair.
As falas principais da Flipiri foram na Casa da Câmara e Cadeia que o IPHAN restaurou, assim como restaurou em toda sua magnificência a igreja matriz de Nossa Senhora do Rosário, destruída por um incêndio em 2002. Esta igreja está citada no livro de Saint-Hilaire em sua viagem ao Brasil. Para mim, as falas fundamentais foram realizadas no entorno da cidade, nos chamados povoados e nas escolas, junto às crianças. Nada menos do que 23 escritores do grupo Casa de Autores, criado por Íris Borges, e muito bem organizado com portfólios e tudo, contaram histórias fizeram leituras e conversações com a meninada.
O essencial destes festivais é isso: a tentativa de estabelecer o habito da leitura, a formação do leitor que, uma vez capturado, jamais deixará de ler. A turma da Casa de Autores é toda jovem, animada, canta, dança, toca violão, todos bem humorados e felizes (ainda que cansados pela maratona). A Flipiri precisa entrar logo no calendário cultural não só da cidade, como de Goiás e do Brasil. Tem gabarito. Eram esses autores que animavam a noite na Pousada em saraus improvisados e divertidos que iam até às quatro da manhã. No dia seguinte, levantavam cedo e iam para o trabalho. O que a Flipiri apresentou de diferencial? A irmandade entre escritores, todos sempre juntos, como se fossem velhos conhecidos, cordiais e alegres. Nem sempre é assim pelas feiras por ai.
A Festa foi encerrada com a exibição do documentário sobre José Lins do Rego, de Vladimir de Carvalho, num cinema lotadíssimo. O filme é uma recuperação comovente e objetiva desse que foi um autor dos mais importantes, um dos fundadores do regionalismo, ao lado de Graciliano e Jorge Amado. Vladimir é cineasta de extrema sensibilidade e apuro, exato no timing e na dramaticidade. Zé Lins, eis um autor que teve embates com a critica e sendo ainda injustiçado, precisa ser revisto. Vladimir, na vida real tem uma vantagem. Sua companheira Lucília Garcez é doce, acolhedora, bem-humorada, hospitaleira. E uma grande escritora infantil.
Agora, se me perguntarem um dos sucessos da Flipiri vou dizer. Foi Luiza, filha de Alessandra Roscoe. Ela acompanhou os escritores por toda a parte, todas as escolas, almoços, sessões, sorridente e calma, sempre no colo de um alguém, afinal tem apenas dois meses. Começou bem a vida. Houve um episodio engraçado. Alessandra, para contar suas historias leva uma série de acessórios. Um deles é um arco-íris de madeira super colorido. Certo dia, sobrecarregada, afobada, apanhou as tralhas antes de entrar em uma escola e pediu a um senhor que, por favor, levasse para ela o arco-íris até a sala de aula. Solene, o homem respondeu: “Sou um funcionário, mas carregar arco-íris não é minha função, não é de minha alçada.” Tudo bem, um menino levou o arco-íris e jamais esquecerá aquele dia. Afinal, quem de nós na vida já carregou um arco-íris? "
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Ditadura, nunca mais!
Passei o carnaval bem longe de qualquer folia. Só ouvi o canto dos passarinhos, pois moro num lugar privilegiado rodeada de reservas com vista para o Lago Paranoá. No clima de calmaria, resolvi rever, desta vez com as crianças, a minissérie: Os Anos Rebeldes. Não vivi os anos de chumbo e não bastou apenas tentar explicá-los à Beatriz e ao Felipe. As perguntas surgiram quando começamos a falar sobre a provável candidatura da Ministra Dilma Roussef à Presidência da República. Eles quiseram saber mais sobre ela e contei, meio que narrando uma história triste vivida por personagens reais. As explicações foram insuficientes e entendo, não acho que seja poss´vel explicar todo o horror daqueles 20 anos. Passamos todo o Carnaval assistindo aos DVDs, comentando, lembrando de histórias daquela época narradas por amigos e parentes que enfrentaram a repressão. Ontem, Felipe que tem seis anos, perguntou pensativo para a avó se ela já havia nascido na época da ditadura militar, a avó meio cabreira, mas orgulhosa da sabedoria particular do neto, respondeu que se casou no ano em que tudo começou: 1964. Ele ficou pensativo, fez reflexões e comparações mentais com o que aprendeu e viu sobre os tais anos rebeldes e sem pestanejar concluiu:
"Ainda bem que eu já nasci na ditamole!"
"Ainda bem que eu já nasci na ditamole!"
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Índia
Um avião chegou. Ele veio para me levar.
Vou voar, voar, voar e lá do outro lado do mundo aterrizar.
Passarinho, passarei.
No rio e nas montanhas navegarei.
Elefantes, camelos, vacas,
Vocês já viram tamanho pé de jaca?
O tempo que não tem tempo.
O que eu sei é que lá tem muito vento.
Bindis,sáris,mamadis.
Meu lugar é aqui!
Por hora adormeço minhas palavras.
Para beber da fonte
e ampliar meu horizonte.
Tchau.
Até já.
Vou voar, voar, voar.
Vou voar, voar, voar e lá do outro lado do mundo aterrizar.
Passarinho, passarei.
No rio e nas montanhas navegarei.
Elefantes, camelos, vacas,
Vocês já viram tamanho pé de jaca?
O tempo que não tem tempo.
O que eu sei é que lá tem muito vento.
Bindis,sáris,mamadis.
Meu lugar é aqui!
Por hora adormeço minhas palavras.
Para beber da fonte
e ampliar meu horizonte.
Tchau.
Até já.
Vou voar, voar, voar.
Encontros


No último dia 11/02 foi aberta no Museu Nacional aqui em Brasília, a Mostra Infância e Paz, sobre a qual já falei aqui no blog. Na abertura tive a chance de conhecer pessoalmente a companheira da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil - AEI_LIJ, Sandra Ronca. Já nos conhecíamos da lista da AEI-LIJ e por obras nossas que trocamos. Sei que foi uma delícia personificá-la, abraçá-la sem ser virtualmente! Sandra, autora e ilustradora de livros infanto-juvenis, mora no Rio de Janeiro e sabe muito bem o que é a violência se contrapondo à infância ( perdeu um filho há pouco mais de um ano. Hugo estava com 12 anos de idade quando foi roubado da vida, atingido por uma bala perdida). Sandra veio à Brasília como convidada da Mostra para ministrar oficinas e comoveu a todos com seu discurso forte e emocionado. Não podia deixar de ir, fomos eu e Luiza e encontramos amigos queridos como o Jô OLiveira e o casal Alex e Ana Gisélia, que desenvolve em Portugal um belo trabalho no projeto creare para formação de pequenos leitores.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Memórias poéticas de uma festa
Já se passaram alguns dias, mas devo confessar que uma espécie de entorpecimento fabuloso não me deixa esquecer os momentos incríveis que vivi no grande encontro que foi a Festa Literária de Pirenópolis. Ainda folheio e curto os tantos livros que trouxe de lá, revejo situações, diálogos, inspirações e me pego sorrindo à toa. Se a festa atingiu os objetivos, saiu como se esperava. Isso eu não sei. Na verdade pouco importa. Para mim o saldo foi mais que positivo, os lucros ainda aparecem, ouso dizer até que acho mesmo impossível contabilizar todos os ganhos afetivos e literários que trouxe na bagagem de volta. Nos tantos palcos que visitamos na cidade de Pirenópolis, a festa terminou, mas continua em muitos corações e mentes. A semente foi plantada e posso garantir que cada um de nós, autores, organizadores, convidados, leitores aprendemos, entre tantas coisas, a nos encantar de forma diferente mesmo com o óbvio. Eu posso dizer sem medo de errar que descobri a grandeza de me apequenar diante da intensidade de um Liliputz de Sorvete de Chocolate. Calma! Este é o título de um livro delicioso do Hermes Bernardi Jr. , que ganhei de presente do prórpio depois da Flipiri. A história é lindíssima e depois de ouvi-la narrada pelo Hermes, aliás, narrada não, contada magistralmente, como bem disse o Eduardo Loureiro, outro escritor que nos brinda sempre com ótimas histórias e canções: contada pelo Hermes da ponta dos pés ao último fio de cabelo; não posso deixar de ver, sempre que abro o livro agora, um Hermes saltando da minha caixa de memória e Lili, lili, lili zzzzzzzzz, liliputizando tudo em volta! Ah! Nada se compara ao prazer de descobrir o quanto o mundo dos livros nos abraça! Voltei da festa não apenas com o vestido de baile amassado de tanto dançar e com aquela saudade enorme. Voltei plena por saber que coisas antes sem nenhum sentido para mim, passaram a arrancar-me sorrisos. Pulgas e lagartixas se encheram de poesia. Uma caixa de sapatos qualquer me faz imaginar rinocerontes dobrados. Uma almofada colorida de retalhos me remete aos tantos motivos para amar livros e seus escrivinhadores. Uma roda que seja, me faz querer cirandar com a Vera Lúcia Dias. Cheiro de queijo lembra-me roedores de livros ou ratos de biblioteca. Os dicionários e enciclopédias iluminam em mim o menino vendedor de palavras do Loyola. Ah! E este, tão encantador com tudo o que nos disse e mostrou durante a Festa, fez brotar rios e mares em meus olhos que agora enxergam a missão maior que tenho que é a de carregar arco-iris.
Depois de Pirenópolis somos todos os mesmos, de volta às nossas rotinas, embora nem tão os mesmos como os de antes. Sei que poderemos guardar no baú ( pode ser um daqueles maravilhosos, cheios de histórias do querido Jonas Ribeiro) nossa roupa de festa e quando formos tirá-la de lá, certamente não sentiremos cheiro de mofo.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
O peito do pé...
Quem já não ouviu falar dos trava-línguas???
Pois é. Então, aí vai um só para aquecer:
O sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento
Pegaram?
Agora falem rápido.
Eu tentei e o pobre do "meu" sapo acabou ficando sufocado...
Pois é. Então, aí vai um só para aquecer:
O sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro
O sapo batendo papo
E o papo soltando vento
Pegaram?
Agora falem rápido.
Eu tentei e o pobre do "meu" sapo acabou ficando sufocado...
Dica de Leitura





Com tantas dicas legais, você pode aproveitar a folguinha do Carnaval e cair na folia dos livros, que tal?
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Escovar palavras
" Eu tinha vontade de fazer como os dois homens que vi sentados na terra escovando osso. No começo achei que aqueles homens não batiam bem. Porque ficavam sentados na terra o dia inteiro escovando osso. Depois aprendi que aqueles homens eram arqueólogos. E que eles faziam o serviço de escovar osso por amor. E que eles queriam encontrar nos ossos vestígios de antigas civilizações que estariam enterrados por séculos naquele chão. Logo pensei de escovar palavras. Porque eu havia lido em algum lugar que as palavras eram conchas de clamores antigos. Eu queria ir atrás dos clamores antigos que estariam guardados dentro das palavras. Eu já sabia que as palavras possuem no corpo muitas oralidades remontadas e muitas significâncias remontadas. Eu queria então escovar as palavras para escutar o primeiro esgar de cada uma. Para escutar os primeiros sons, mesmo que ainda bígrafos. Comecei a fazer isso sentado em minha escrivaninha. Passava horas inteiras, dias inteiros fechado no quarto, trancado, a escovar palavras. Logo a turma perguntou: o que eu fazia o dia inteiro trancado naquele quarto? Eu respondi a eles, meio entresonhado, que eu estava escovando palavras. Eles acharam que eu não batia bem. Então eu joguei a escova fora."
O texto é de Manoel de Barros, o poeta pantaneiro que escava poesia no concreto do dia-a-dia. Abre as memórias inventadas da infância, primeiro da trilogia autobiográfica deste que é um dos maiores poetas vivos do Brasil. Manoel já passa dos noventa anos de idade e carrega a pureza de quem só teve uma idade e que a eternizará: a infância. Dividiu sua biografia e suas memórias inventadas, porque afinal diz com toda sabedoria que tudo o que ele não inventa é falso, em três infâncias: a primeira, a segunda e a terceira. Poderia eu passar a vida lendo e relendo Manoel. Decidi encerrar a semana aqui no blog com esse texto dele porque traduz bem o que sinto depois de tanta intensidade vivida nos últimos dias. Também quero escovar palavras, alimentar-me delas, presenteá-las aos amados, acariciá-las em minha solidão, escutar seus silêncios e todas as suas vozes. O tempo pode roubar-nos a agilidade, a força, a exata percepção das coisas, mas jamais conseguirá nos roubar o acalanto da palavra, das palavras todas, as ditas, as não ditas, as escritas, as pensadas e as inventadas.
O texto é de Manoel de Barros, o poeta pantaneiro que escava poesia no concreto do dia-a-dia. Abre as memórias inventadas da infância, primeiro da trilogia autobiográfica deste que é um dos maiores poetas vivos do Brasil. Manoel já passa dos noventa anos de idade e carrega a pureza de quem só teve uma idade e que a eternizará: a infância. Dividiu sua biografia e suas memórias inventadas, porque afinal diz com toda sabedoria que tudo o que ele não inventa é falso, em três infâncias: a primeira, a segunda e a terceira. Poderia eu passar a vida lendo e relendo Manoel. Decidi encerrar a semana aqui no blog com esse texto dele porque traduz bem o que sinto depois de tanta intensidade vivida nos últimos dias. Também quero escovar palavras, alimentar-me delas, presenteá-las aos amados, acariciá-las em minha solidão, escutar seus silêncios e todas as suas vozes. O tempo pode roubar-nos a agilidade, a força, a exata percepção das coisas, mas jamais conseguirá nos roubar o acalanto da palavra, das palavras todas, as ditas, as não ditas, as escritas, as pensadas e as inventadas.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
CBL já tem nova diretoria!
Acaba de ser eleita a nova diretoria da Câmara Brasileira do Livro - CBL. A Chapa Trabalho e Seriedade da atual presidente Rosely Boschini foi a vencedora com 77,73% dos votos. A reeleição de Rosely com tamanha margem de votos foi a resposta dada pelos associados da CBL aos membros da chapa concorrente Mudança e Participação, presidida por Armando Antongini, que nos dias que antecederam a votação deflagraram na internet uma campanha para difamar a atual diretoria. Depois de muita baixaria, e-mails pessoais sendo divulgados em listas de discussão e muita tensão, A chapa Trabalho e Seriedade venceu com com mais de 130 votos de vantagem sobre a concorrente. O placar foi o seguinte:
Votaram 248 associados
Houve apenas um voto nulo, nenhum em branco, 185 votos para a chapa Trabalho e Seriedade e 52 votos para a chapa Mudança e Participação.
Votaram 248 associados
Houve apenas um voto nulo, nenhum em branco, 185 votos para a chapa Trabalho e Seriedade e 52 votos para a chapa Mudança e Participação.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Paratibum no reino do seu Zé.
"Pararatibum-bum-bum...
Sanfonas, sopros, algazarra e cia preparem-se para a folia!
É um, é dois e é três ! O meu é de creme holandês!!!
Tem pipoca, paçoca e quebra-queixo.
Seu Zé, cadê meu picolé ?
Carro com cara de carroça.Carroça com cara de bicicleta e bicicleta com cara de quê ?
De meleca!!!!! "
Lá vai o seu Zé pelas ruelas dos livros, se perdendo nas letras e deixando rastro de alegria.
Sanfonas, sopros, algazarra e cia preparem-se para a folia!
É um, é dois e é três ! O meu é de creme holandês!!!
Tem pipoca, paçoca e quebra-queixo.
Seu Zé, cadê meu picolé ?
Carro com cara de carroça.Carroça com cara de bicicleta e bicicleta com cara de quê ?
De meleca!!!!! "
Lá vai o seu Zé pelas ruelas dos livros, se perdendo nas letras e deixando rastro de alegria.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Recordar é viver!
Flipiri 2009
A primeira Festa Literária de Pirenópolis vai ficar na história! Durante três dias, a pequena cidade goiana respirou arte e literatura. Foram encontros, debates, contações de história, oficinas, cinema, dança e, claro, muitas letras! O autor homenageado foi Ignácio de Loyola Brandão, que em 2008 ganhou o prêmio Jabuti com o livro O Menino que vendia palavras, considerado o livro do ano na categoria ficção. Também como autores convidados, participaram da Festa: Hermes Bernardi Jr, Jonas Ribeiro e da Casa de Autores de Brasília: Eu, Alexandre Lobão, Célia Madureira, Clara Rosa, Dad Squarisi, Eduardo Loureiro Jr, João Bosco Bonfim, Lucília Garcez, Marco Coiatelli, Marco Miranda, Marcelo Pio, Raquel Gonçalves, Rosângela Rocha, Tatiana Oliveira e Vera Lúcia Dias. A coordenação ficou a cargo de Iris Borges da Arco-Iris distribuidora de livros. Ainda na programação: mímica, com Miquéias Paz; teatro, com Graça Veloso; poesia, com Túlio Guimarães; música com a Banda de Couros da cidade e várias outras atividades com artistas e escritores locais. A cidade acolhedora nos recebeu carinhosamente. Num clima bucólico, com sabor de gelatina da infância, pudemos andar a pé, curtir a deliciosa culinária e a paisagem convidativa dos Pirineus. Foram dias intensos e saborosos em todos os sentidos. Foram dias de muitos encontros e que já deixaram saudade.
Que venha a Flipiri 2010!
Flipiri, umas imagens, tantas saudades!
Dica de leitura
No clima da Festa Literária de Pirenópolis, a dica de leitura de hoje vem com três indicações de autores que estiveram na Flipiri e encantaram muita gente:
O menino que vendia palavras, considerado o livro do ano de ficção no Prêmio Jabuti, um dos mais respeitados do país, traz a história doce e divertida de um menino esperto que encantado com o conhecimento do pai sobre o signaificado das palavras, resolve tirar onda com os colegas e amigos e até ganhar um trocado vendendo explicações. O texto é do Ignácio de Loyola Brandão, amigo novo, que ganhei depois da festa da literatura em Piri, mas que parece morar desde sempre em meu coração, parece ter desde sempre ter invadido sonhos e quintais da infância junto comigo, parece desde sempre pescar as lembranças que ainda serão história. As ilustrações são de Mariana Newlands. A história é uma delícia! O livro é da editora Objetiva e nos faz embarcar no mundo encantador das palavras.
Outra história adorável é a que guarda este lançamento da editora Elementar: Dez Motivos Para Amar os Livros, do Jonas Ribeiro. Um livro costurado com os fios da paixão pela leitura e bordado delicadamente por Lúcia e Tati Toledo. Tive a oportunidade de ver os originais da ilustração feita toda com tecido e linha. Mãe e filha alinhavaram também seu amor pelos livros e, juntando retalhos e pontos bordaram esta linda hiostória!
Outra história apaixonante é a do Hermes Bernardi Jr, que tece memórias e nos convida a embarcar numa caixa cheia de surpresas. É um rinoceronte dobrado, saiu pela Projeto e tem ilustrações de Guto Lins. Um poema-brincadeira sobre o tanto e o tudo que alguém poderia guardar de lembrança numa pequena caixa de sapatos. A publicação é para crianças de todas as idades e oferece uma imersão num conjunto superintenso de imagens visuais e verbais. Guto ilustra de forma inusitada as piruetas poéticas de Hermes. O resultado só poderia ser uma leitura que surpreende, que faz rir e que faz pensar.



domingo, 15 de fevereiro de 2009
De volta e com as baterias mais que recarregadas!

A pausa foi por uma boa causa! O blog esteve sem atualizações nos últimos dias porque fui para a primeira edição da Festa Literária de Pirenópolis. Acabo de chegar da Flipiri renovada, feliz com tantos encontros e cheia de inspiração e vontade de escrever muito. Foi uma delícia compartilhar a infinidade de momentos intensos que vivemos em quatro dias com pessoas tão queridas e sensíveis. Tive a honra de conhecer o Lucas Henrique, um poeta de 13 anos, menino simples, nascido na roça que descobriu nos versos uma forma de colorir a vida. Fui presenteada com momentos inesquecíveis ao lado de Loyola e Márcia, do querido Hermes Bernardi Jr, do já posseiro em meu coração, Jonas Ribeiro, dos companheiros da nossa Casa de Autores, da incansável e admirável Iris, do povo hospitaleiro de Pirenópolis. Ganhei novos amigos, como Tino, Ana Paula (roedores de Livros) e Túlio Guimarães, que tece memórias com seu belo trabalho junto aos bem vividos. Revi alguns amigos antigos, como o Miquéias, enfim, voltei plena de uma alegria indizível e já fazendo a contagem regressiva para a próxima Flipiri, em Junho de 2010! E como recordar é reviviver, durante a semana farei aqui uma retrospectiva dos bons momentos da Flipiri, com fotos, é claro!
Criança
Uau!
Faz alguns dias que não "apareço" por aqui. Hoje resolvi dar o ar da graça. Mas, que notícias trazer? Sobre que assunto falar? Criança!
Esse ser que habita nossos corações e que nos tira do prumo insiste em permanecer ao nosso lado mesmo quando passamos dos vinte, trinta e dos enta...40,50,60,70,80,90...
Minha criança perambula por estas letras para saber qual será a próxima estória, qual será a próxima brincadeira e para soltar sua risada mais gostosa. Ok, já sei : as novidades da Flipiri!
Lê, diga aí quais são as boas?
Faz alguns dias que não "apareço" por aqui. Hoje resolvi dar o ar da graça. Mas, que notícias trazer? Sobre que assunto falar? Criança!
Esse ser que habita nossos corações e que nos tira do prumo insiste em permanecer ao nosso lado mesmo quando passamos dos vinte, trinta e dos enta...40,50,60,70,80,90...
Minha criança perambula por estas letras para saber qual será a próxima estória, qual será a próxima brincadeira e para soltar sua risada mais gostosa. Ok, já sei : as novidades da Flipiri!
Lê, diga aí quais são as boas?
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
De última hora, mas ainda em tempo!

Será aberta logo mais às 19:30 no Museu Nacional a Esposição Infância e Paz, que faz um alerta sobre a importância de se dar atenção à primeira infância ( dos 0 aos 6 anos de idade) como forma de combater a violência. Estarão expostos painéis do artista plástico Toni Lucena, com fotos e frases diversas, e serão realizadas também oficinas e palestras. A idéia é envolver principalmente os responsáveis pelas políticas públicas voltadas para a infância. A Mostra permanece até 15 de Março com visitação gratuita de terça à domingo no Museu Nacional, de Brasília, que fica na Esplanada dos Ministérios, ao lado da Catedral.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Outra dica

Amanhã, sem falta aqui no blog uma lista completa de todas as Feiras Literárias Nacionais e Internacionais. Hoje aproveito pra indicar um livro que não apenas deve ser lido como relido sempre que possível, exatamente por tornar palpável o impossível! Exercícios de ser Criança de Manoel de Barros com bordados dos irmãos Dumond. Os poemas deste menino de 92 anos de idade, alinhavados com a delicadeza das bordadeiras de Pirapora ,são um verdadeiro presente para a alma. Sorvê-los sempre tem gostinho de infância eterna de molecagem sadia, de fruta no pé, banho de rio ou da vitória que é carregar água na peneira!
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Curso de Ilustração
Eles fazem e acontecem nos livros e agora vão dividir o conhecimento que têm com quem quiser se aprimorar. São os ilustradores, que, no Rio de Janeiro, vão comandar um curso de pós graduação. A Cidade Maravilhosa ficará ainda mais linda com as cores e os traços de tanta gente boa que desembarcará por lá para as aulas!
Com um time de primeira linha, a PUC-Rio iniciará em maio um curso lato sensu em ilustração, coordenado pelos igualmente craques Guto Lins e Graça Lima.O curso, com duração de 14 meses, terá como patrono Ziraldo e como professores Rui de Oliveira, Ricardo Azevedo, André Neves, Rico Lins, Mariana Massarani e Roger Mello. Não é um curso para se aprender a desenhar, e sim voltado para estudantes e/ou profissionais interessados em aprimoramento, pesquisa e desenvolvimento, lembra Guto. Por ser uma especialização, os alunos precisam ter graduação concluída. Mais informações estarão disponíveis em breve no sitehttp://www.cce.puc-rio.br/ e pelo telefone 0800 970 9556.
Com um time de primeira linha, a PUC-Rio iniciará em maio um curso lato sensu em ilustração, coordenado pelos igualmente craques Guto Lins e Graça Lima.O curso, com duração de 14 meses, terá como patrono Ziraldo e como professores Rui de Oliveira, Ricardo Azevedo, André Neves, Rico Lins, Mariana Massarani e Roger Mello. Não é um curso para se aprender a desenhar, e sim voltado para estudantes e/ou profissionais interessados em aprimoramento, pesquisa e desenvolvimento, lembra Guto. Por ser uma especialização, os alunos precisam ter graduação concluída. Mais informações estarão disponíveis em breve no sitehttp://www.cce.puc-rio.br/ e pelo telefone 0800 970 9556.
Dica de Leitura

Quem já não se viu às voltas com a famosa pergunta: O que vou ser quando crescer? Pois agora, uma deliciosa aventura ilustrada pode ajudar os pequenos a entenderem um pouco mais sobre as profissões. De forma divertida e informativa a história vai buscar inspiração nas formigas, trabalhadeiras e organizadas. Dois garotos tentam descobrir sua vocação observando as formigas. Descobrem um mundo de novidades sobre os mais diversos ofícios e de quebra ainda aprendem a preservar o meio-ambiente. Tudo isso, no livro Imitando as Formigas, que está quentinho, saindo do forno da Editora Mundo Mirim. O texto de Rosicler Grudizien fala sobre a dignidade e o valor do trabalho, assim como de cada profissão. Várias profissões são apresentadas com a indicação de sua importância na sociedade: artista, bombeiro, cientista, gari, lavrador, médico, professor, dentre tantos outros. O livro traz ainda espaço para desenhos e para a participação dos leitores na obra, além das datas comemorativas de cada profissão.
Os desenhos são de Heliana Grudzien, artista visual, formada em Pintura pela Escola de Belas Artes do Paraná e pós-graduada em Artes Gráficas pelas academias de Belas Artes de Cracóvia e de Varsóvia, na Polônia. É autora da coleção Adivinha quem sou, da Editora Ave- Maria.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Preparação de mais uma Festa Literária.
Casa de Autores está em clima de preparativos para a primeira Festa Literária de Pirenópolis - GO - Flipiri, que terá como autor homenageado, o ganhador do Jabuti 2008, Ignácio de Loyola Brandão. Na programação: histórias, filmes, conversas com escritores, oficinas, debates e autógrafos, além de apresentações de mímica, teatro e dança. Tudo isso, tendo como matéria-prima a literatura, os livros e seuo mágico universo. Dos 22 escritores da Casa de Autores, 17 vão marcar presença na Flipiri. Estarão presentes também: Hermes Bernardi, Graça Veloso, Jonas Ribeiro e, claro, o homenageado: Ignácio de Loyola. Entre os filmes que serão exibidos durante a Festa Literária, estão curtas de animação e o mais recente filme de Vladimir Carvalho, reconhecido mestre do documentário: O Engenho de Zé Lins, sobre a vida e a obra de José Lins do Rego. A Flipiri acontece entre os dias 12 e 14 de fevereiro, na charmosa e histórica cidade de Pirenópolis. Eu estarei lá com fadas, jacarés, joaninhas, borboletas, estrelas e Luiza a tiracolo!
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Pequenos documentaristas
Tive a grata surpresa de ser homenageada pela turma da oficina Doc.Criança@ Tv na Internet, que acontece na Biblioteca Nacional de Brasília com crianças de 10 a 15 anos e sob a supervisão do cineasta mineiro Fernando Camargos. No dia 30 de Janeiro último, estive com a turma da oficina para uma conversa sobre meus livros e projetos. Tudo registrado e filmado pelos futuros documentaristas. Aliás, futuros, não! A meninada está afiadíssima! Fiquei super contente com os presentes que ganhei deles: dois belos videos que estão no Youtube nos seguintes links:
http://www.youtube.com/watch?v=ywe4lEwlrEw
http://www.youtube.com/watch?v=h0z17r46Ufs
Beatriz, que está na oficina e empolgadíssima, também realizou seu primeiro documentário, a partir de uma entrevista com o poeta Nicolas Behr:
http://www.youtube.com/watch?v=c4tsi4xmS-E
A oficina acontece desde o dia 26 de janeiro e pretende manter uma turma de pequenos documentaristas durante todo o ano de 2009. As crianças aprendem a fazer roteiro, filmar, editar e renderizar os videos. Tudo de graça, com total apoio do mestre Fernando Camargos e da Biblioteca Nacional. A primeira oficina termina no próximo domingo, mas se depender do ânimo da turma vai recomeçar logo, logo!
http://www.youtube.com/watch?v=ywe4lEwlrEw
http://www.youtube.com/watch?v=h0z17r46Ufs
Beatriz, que está na oficina e empolgadíssima, também realizou seu primeiro documentário, a partir de uma entrevista com o poeta Nicolas Behr:
http://www.youtube.com/watch?v=c4tsi4xmS-E
A oficina acontece desde o dia 26 de janeiro e pretende manter uma turma de pequenos documentaristas durante todo o ano de 2009. As crianças aprendem a fazer roteiro, filmar, editar e renderizar os videos. Tudo de graça, com total apoio do mestre Fernando Camargos e da Biblioteca Nacional. A primeira oficina termina no próximo domingo, mas se depender do ânimo da turma vai recomeçar logo, logo!
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Caixinha de Guardar o Tempo
Quem não quer guardar o melhor do tempo? Lia, uma garota sabida, inventou um jeito bem simples. Lia é a personagem do meu conto Caixinha de Guardar o Tempo, publicado na edição de novembro/2008 da Revista Crescer, da Editora Globo com a linda ilustração aí de baixo feita pelo professor de arte Brücke Caribé. Aliás, quem gosta de contos não pode perder, todo mês a Crescer publica um conto ilustrado na seção Quintal e o deste mês é do Marcelo Maluf que mantém na blogsfera um cantinho muito delicado: http://www.labirintosnosotao.com/ e com ilustração da Lúcia Brandão: http://luciabrandaoportifolio.blogspot.com
Hoje meu presente pra você é uma caixinha especial!
CAIXINHA DE GUARDAR O TEMPO

Lia não sabia muito sobre o tempo e ainda menos sobre a falta que o tempo fazia. Tinha todo o tempo do mundo pra correr, brincar e ver tudo o que via, fazer o que queria bordando na infância sua colcha de alegria. entendia sim, e bastante, sobre uma tal de saudade, que é do tempo também uma fantasia. Sabia que a saudade às vezes até doía; era assim uma vontade que no peito não cabia de ver alguém que não podia ou de fazer algo que já não fazia. Para dar conta de tanta saudade que sentia das coisas que nem sabia, a menina inventou então uma caixinha de guardar o tempo, o tempo que melhor vivia. Sem querer descobriu a memória que podia pescar qualquer tempo e plantar na lembrança tudo o que ela queria. Na caixinha ia parar a folha da árvore que caía, a gota da chuva que chovia, o medo que ela escondia, os bilhetes que ela escrevia, os desenhos que ela fazia, um tempo que ela sabia que não perdia, a imensidão dos sentimentos que ela vivia e a história da vida que ela tecia. Lia guardou o tempo, que passou também para ela, agora, depois dos filhos, netos e bisnetos, muitas coisas ela já sabia e ainda aprendia. Na caixinha de guardar o tempo, Lia juntou poesia e fotografia com as flores que sempre colhia, com os sonhos que ela nunca adormecia. E tudo o que sentia era a imensa alegria de ter guardado com carinho o melhor de cada dia!
Hoje meu presente pra você é uma caixinha especial!
CAIXINHA DE GUARDAR O TEMPO

Lia não sabia muito sobre o tempo e ainda menos sobre a falta que o tempo fazia. Tinha todo o tempo do mundo pra correr, brincar e ver tudo o que via, fazer o que queria bordando na infância sua colcha de alegria. entendia sim, e bastante, sobre uma tal de saudade, que é do tempo também uma fantasia. Sabia que a saudade às vezes até doía; era assim uma vontade que no peito não cabia de ver alguém que não podia ou de fazer algo que já não fazia. Para dar conta de tanta saudade que sentia das coisas que nem sabia, a menina inventou então uma caixinha de guardar o tempo, o tempo que melhor vivia. Sem querer descobriu a memória que podia pescar qualquer tempo e plantar na lembrança tudo o que ela queria. Na caixinha ia parar a folha da árvore que caía, a gota da chuva que chovia, o medo que ela escondia, os bilhetes que ela escrevia, os desenhos que ela fazia, um tempo que ela sabia que não perdia, a imensidão dos sentimentos que ela vivia e a história da vida que ela tecia. Lia guardou o tempo, que passou também para ela, agora, depois dos filhos, netos e bisnetos, muitas coisas ela já sabia e ainda aprendia. Na caixinha de guardar o tempo, Lia juntou poesia e fotografia com as flores que sempre colhia, com os sonhos que ela nunca adormecia. E tudo o que sentia era a imensa alegria de ter guardado com carinho o melhor de cada dia!
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
O Princepezinho de volta!

Ainda no clima de comemoração pelo dia dos quadrinhos, Contos, cantos e Encantos celebra a iniciativa da Editora Agir de publicar um clássico da Literatura Infantil em quadrinhos. O Pequeno Príncipe foi lançado em Quadrinhos na França em setembro do ano passado. O clássico de Antoine de Saint-Exupéry, foi adaptado aos quadrinhos por Joann Sfar, artista criador da série O Gato do Rabino. O volume editado pela Gallimard chegou às livrarias francesas em 18 de setembro, época na qual os estudantes de lá voltam às aulas, depois das férias de verão (que acontecem na Europa entre junho e agosto). Aqui o livro chegou quase junto e pode ser encontrado com facilidade. Um presente pra quem é fã do princepezinho dos cabelos dourados.
E já que o assunto é ele, o Pequeno Príncipe, a Editora Nova Fronteira vai lançar em março um livro de Saint -Exupéry inédito no Brasil: O amor do Pequeno Príncipe, coletânea de cartas que o autor enviou, sob o pseudônimo de seu personagem mais famoso, a uma desconhecida por quem se apaixonou em um trem.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Dica de Leitura

"Ou se tem chuva ou não se tem sol,ou se tem sol ou não se tem chuva!Ou se calça a luva e não se põe o anel,ou se põe o anel e não se calça a luva!Quem sobe nos ares não fica no chão,Quem fica no chão não sobe nos ares.É uma grande pena que não se possaestar ao mesmo tempo em dois lugares!Ou guardo dinheiro e não compro doce,ou compro doce e não guardo dinheiro.Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...e vivo escolhendo o dia inteiro!Não sei se brinco, não sei se estudo,se saio correndo ou fico tranqüilo.Mas não consegui entender aindaqual é melhor: se é isto ou aquilo."
Ou isto ou aquilo.
Cecília Meireles
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