O Lançamento do Caixinha de guardar o tempo na Bienal de SP

 Foi só alegria! Um sábado de Bienal mais que lotada, uma confusão na programação que colocou ninguém menos que Ziraldo junto comigo no estande da Biruta/Gaivota, pra falar do meu livro ( só na programação, pois o pai do Maluquinho estava por lá, mas em outras atividades!) e aquele burburinho de gente que trançava como podia de um lado pro outro entre os estandes. Programei uma oficina de memória para apresentar o livro novo, levei uma colcha de retalhos e a minha caixinha, que foi o início de todo o trabalho com os idosos em Brasília.  A turma da Gaivota ajudou com o resto: muitos papéis coloridos, canetas e as lindas caixas, além do livro que superou todas as minhas expectativas. Primeiro foi a surpresa com a delicadeza das ilustrações do Alexandre Rampazzo, depois o projeto da Casa Rex e o último presente veio com o anúncio feito pela Eny Maia de que o livro ganharia também uma versão em capa dura! Tudo bem cuidado demais e com muito carinho!

Comecei coletando lembranças e desejos do público que anotava nos papéis coloridos coisas que gostaria de eternizar...

 

 

Quem estava só de passagem, acabava parando e...

 

                            
                                 Ficando um pouquinho, partilhando comigo também as histótias.

                       
     Aos poucos a colcha foi ficando salpicada de vontades e de saudades! Terminada a oficina, falei da motivação para escrever a história sobre o tempo e a falta que o tempo faz e fiz a leitura do livro que dedico ao meu saudoso tio Jorge, que bordou as mais ternas lembranças e que me ajudou a construir minha Caixinha de guardar o tempo e tanto sonho!

 

Entre leituras e conversas, entre partilhas e cantigas, costuramos ali, num improviso gostoso, uma memória coletiva que eu trouxe de volta pra Brasília, a colcha repleta de sementes e que prometi guardar pelos próximos dois anos. Até a Bienal de 2014!

E pra fechar o dia com chave de ouro ainda fui presenteada com o carinho da família, os Pontes e os Zaidans de Sampa e Uberaba! Muito gostosa essa acolhida numa cidade que não é a minha! Voltei pro Cerrado com a alma mais leve. Feliz pelo encontro com novos leitores, pelo reencontro de outros que conheci em outras Bienais e certa de que o caminho da palavra escrita é mesmo o que quero seguir!