Dia desses, num encontro com leitores em Porto Alegre, durante a 57a Feira do Livro, uma criança perguntou-me se minha cor favorita é amarelo! Eu quis saber o motivo da pergunta e o garoto, do alto de seus seis anos de idade, disse que tinha percebido em minha obra, que o amarelo tinha sempre destaque. Ele que na escola havia lido todos os meus livros, saiu enumerando: o cogumelo onde mora a Joaninha do Jardim Encantado, é amarelo; o boi da História pra boi casar, tem a cara amarela, o Ipê que tanto encanta o JK, o lobo-guará, é amarelo; a fada do Menino que virou fantoche é amarela, a lua da Menina que pescava estrelas é redonda e amarela! Nem eu tinha me dado conta do tanto de amarelo que salpiquei em minhas histórias e hoje ao me deparar com a primeira coleção de livros que ganhei, quando criança, entendi tudo! Os livros Jóias dos Contos de Fadas eram todos amarelos!
Os livros não tinham nada de mirabolante, além é claro, de ótimas histórias e ilustrações encantadoras. Fizeram parte de minha infância e mudaram a cor dos meus dias!
As imagens eu carrego comigo, plenas de uma alegria que nem sei descrever. Por anos e anos tudo que era girafa pra mim tinha a pose da Josefina!
E nenhuma noite de sono poderia ser perfeita sem o guarda-chuva mágico do Mequetrefe. Os contos de Andersen povoam os sonhos de muitas infâncias e em todo o mundo e hoje eu pude entender que guardadas nas gavetas mais ternas das minhas memórias felizes dos tempos de criança estão aquelas histórias, muitas lembranças e todas pintadas de amarelo. Coincidência ou não o nome do garoto gaúcho que me deixou com o sorriso amarelo por saber mais coisas de mim que eu mesma sabia é Anderson!
2 comentários:
Lindo post.
Tive esta coleção completa. Esses dias acessei alguns e tomei um susto. Estava tudo gravado em minha memória... todas as histórias e imagens. Fantástico! Infância boa.
Postar um comentário